Crítica: Liga da Justiça de Zack Snyder
Pode comemorar, DCnauta! O Snyder Cut está entre nós! Finalmente os fãs da DC Comics podem conferir a versão do diretor Zack Snyder para “Liga da Justiça”, que deveria ter sido lançada no final de 2017. Vale lembrar que o cineasta se afastou da produção por causa da morte da enteada. Joss Whedon, de “Os Vingadores”, assumiu o longa e o remontou de uma forma bem diferente do pensado no início. O fato é que o resultado ficou decepcionante e abaixo do esperado.
E que alegria poder ver a visão de Snyder! Se antes o grupo de heróis tinha uma aventura controversa, que até virou motivo de piada (quem não se lembra da confusão envolvendo o bigode do Henry Cavill?), agora tem uma película bem mais aceitável e compatível com sua tradição, mesmo não sendo perfeita.
O maior problema certamente é a duração de quatro horas. Não é fácil! Sem dúvida, é cansativo ficar todo esse tempo na frente de uma tela. No entanto, Batman (Ben Affleck), Superman (Henry Cavill), Mulher-Maravilha (Gal Gadot), Aquaman (Jason Momoa), Flash (Ezra Miller) e Ciborgue (Ray Fisher) merecem uma chance e sua dedicação, afinal de contas, não são personagens quaisquer, certo? E mais, agora eles podem dizer que têm uma aventura coesa, gloriosa e com um tom bem mais de acordo com suas características.
Felizmente, muitas cenas sem sentido do filme de 2017 estão mais compreensíveis e as piadas sem graça que Barry Allen conta, como as do filme “Cemitério Maldito”, praticamente não existem mais (ufa!). Além disso, o retorno do filho de Krypton para o mundo dos vivos é bem mais complexo e interessante do que aquele que vimos anteriormente.
Até o vilão Lobo da Estepe (Ciarán Hinds) está mais bem encaixado na trama. E o Darkseid? Bom, não vou entrar em tantos detalhes, pois não quero estragar a experiência de cada um, mas sua participação é pontual e relevante. Com certeza, sua presença causa boa impressão e deixa aquele gostinho de quero mais. Torço para que vejamos o personagem novamente em breve.
Quem também recebe uma atenção maior é Victor Stone, que ganha um arco mais complexo do que na obra do ex-diretor da Marvel. Nele, entendemos mais sobre sua origem e relação com o pai, Silas Stone (Joe Morton). Um aumento e tanto para a produção, já que muitos dos desdobramentos importantes da trama partem da jornada do ex-jogador de Futebol Americano.
Ao final do filme, a sensação é que a “Liga da Justiça de Zack Snyder” vale a pena ser vista. Por mais que tenha problemas e não conserte todos os erros dos longas anteriores, como “Batman Vs Superman” e “Esquadrão Suicida”, o resultado é satisfatório e excitante para quem ama super-heróis – e a DC Comics, em especial. Agora, prepare a pipoca e aproveite esse momento!
por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias
*Título assistido via streaming.