Entrevista: Estivemos na Coletiva de Imprensa de Onde quer que você esteja
Na tarde de ontem, 25 de setembro, participamos da coletiva de imprensa do filme “Onde quer que você esteja”. No local estavam presentes os diretores Bel Bechara e Sandro Serpa, as atrizes Débora Duboc, Sabrina Greve, Gilda Nomacce e Brenda Ligia. O evento aconteceu logo após a exibição do longa para os jornalistas, e a equipe falou um pouco sobre como começou o projeto de criação.
Bel deu início ao bate-papo contando sobre sua trajetória com o filme, que a princípio foi produzido em 2003 no formato de um curta-metragem que só retratava a vida de dois personagens protagonizados por Débora Duboc e Leonardo Medeiros. Mesmo com poucos recursos financeiros, os diretores decidiram dar vida novamente a este projeto, agora desenvolvendo histórias de outros personagens, e se aprofundando na vida daqueles que já existiam no curta.
O filme é sobre pessoas que tem algum parente desaparecido e que procuram um programa na rádio chamado Onde quer que você esteja, para que possam mandar uma mensagem aos seus familiares. Ao ser questionada sobre a ideia do projeto, Bel respondeu que a inspiração veio de uma rádio boliviana que existe há muitos anos, e que trata principalmente de casos de pessoas sequestradas.
Ela também informou uma situação interessante sobre esses acontecimentos: muitos sobreviventes dos cativeiros diziam que os sequestradores ligavam o rádio para que a vítima pudesse ter alguma forma de contato com sua família. E daí surgiu a vontade dos diretores de fazerem algo semelhante e que se ajustasse ao Brasil.
Sobre a construção das figuras vistas na produção, o elenco contou um pouco sobre como foi trabalhar com detalhes minimalistas. A atriz Brenda Ligia afirmou que sua experiência foi algo praticamente inenarrável; explicou que os diretores não fazem uso de muito diálogo, portanto o personagem deve se desenvolver a partir de outros quesitos. Sabrina Greve e Gilda Nomacce, também disseram que em suas interpretações tinham muitos improvisos, pois cada personagem tinha um drama diferente.
Quando questionada sobre atuar nessa nova reconstrução do longa, Débora Duboc se disse surpresa quando recebeu o convite – hesitou por alguns instantes, mas logo se animou em reviver essa história. Ela mencionou o quanto foi importante a sua personagem passar por um processo de ressignificação, já que o filme é cheio de subtextos, e uma narrativa emocional que reflete o desejo e a busca de cada um que é visto em cena.
A crítica completa você confere aqui no site em 03 de outubro, data de estreia do filme nos cinemas brasileiros.
Crédito das fotos: Victória Profirio.
por Victória Profirio