Crítica: “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”


Chega aos cinemas uma estreia mais do que sensacional. Com uma trama envolvente e cenas de ação de tirar o fôlego, a nova produção da Marvel / Disney “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” (Shang-Chi and the Legend of the Ten Rings) promete levar os espectadores ao delírio.

Para podermos entender o contexto da história: temos o herói Shang-Chi (Simu Liu) que, para fugir de seu passado, vive agora na cidade de San Francisco, trabalhando como manobrista de carros de luxo em um hotel.

Sua amiga Katy (Awkwafina) nem imagina que ele carrega um segredo sombrio em seu passado, mas tudo vem à tona quando perigosos assassinos roubam um pingente que recebeu de sua mãe, e agora ele precisa encontrar seu maléfico pai Xu Wenwu (Tony Leung) e sua irmã perdida Xialing (Meng’er Zhang), para evitar que um mal maior destrua o mundo.

Esta é a trama base da produção, que pode parecer uma história padrão sobre o bem contra o mal, na qual de uma terrível perda surge o salvador do mundo, mas, felizmente, ela vai muito além. Estamos vendo o nascimento de um personagem empolgante e complexo e sua busca por quem realmente ele é.

É importante citar que neste filme temos duas lendas vivas do cinema asiático:

Tony Leung (que dá vida a Xu Wenwu) e Michelle Yeoh (intérprete de Ying Nan), que roubam as cenas em que estão atuando. Talvez você não os conheça a princípio, mas sugiro que, após ver “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”, busque as obras destas duas estrelas orientais e veja com seus próprios olhos as suas magníficas atuações.

Quem pensa que este é apenas mais um filme asiático de lutas marciais está enganado, pois temos na tela uma bela e magistral dança orquestrada com golpes, interpretações e roteiro impecáveis. E tudo na medida certa, nem partindo para o exagero e nem para a total e inerte obra contemplativa.

E é claro que não poderia deixar de citar a atuação esplêndida da atriz Awkwafina no papel de Katy, a melhor amiga de Shang-Chi que dá o tom mais cômico e humanizado ao personagem que está perdido em sua vida, e que sem essa força, é bem provável que não conseguiria suportar as mazelas que lhe são impostas.

Dirigido por Destin Daniel Cretton (que também é responsável pelo roteiro junto a Dave Callaham e Andrew Lanham), “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” é para ser apreciado com toda a sua atenção. Embora longo (132 minutos de duração), não é cansativo e quando termina você fica com o gostinho de quero mais.

Então, se prepare para a batalha épica de sua vida e vá ao cinema com todas as precauções de segurança possíveis, pois ainda estamos enfrentando nosso próprio desafio contra um vírus maligno.

por Clóvis Furlanetto – Editor

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Disney Studios.