Crítica: O Portal Secreto


Para quem gosta de filmes de fantasia, daqueles leves, cercados de aventuras e magia, é difícil encontrar um exemplar que não tenha como protagonista uma criança ou um adolescente. “O Portal Secreto” (The Portable Door), nesse sentido, é um ponto fora da curva.

Seu personagem principal é um rapaz em busca de um emprego para conseguir pagar o aluguel e não ser despejado, uma situação com a qual qualquer adulto consegue se identificar.

Na trama, Paul Carpenter (interpretado por Patrick Gibson) está à procura de um emprego e acaba se tornando um estagiário em uma misteriosa empresa londrina, de uma forma muito inusitada. O local conta com empregadores nada convencionais, incluindo um CEO que quer perturbar o antigo mundo mágico com práticas corporativas modernas.

Em seu estágio, Paul encontra a jovem Sophie (Sophie Wilde), que, ao contrário dele, parece saber melhor do que se trata o emprego e o que faz a misteriosa empresa.

Os cenários são muito bonitos, cercados de detalhes interessantes, e as tomadas externas também são contrastam com o ambiente de escritório. “O Portal Secreto” traz um carisma ao retratar todo um universo mágico secreto que convive com o mundo não tão mágico assim de Londres e arredores.

Os personagens poderiam ser mais aprofundados, e a relação entre o casal principal também. Mas, ainda assim, o longa tem um humor agradável e é ótimo para relaxar e imaginar como seria se tornar estagiário de uma empresa cercada de magia e itens extraordinários.

Apesar de contar uma história completa e bem amarrada, o filme abre brechas para posteriores continuações e o universo criado poderia ser bem explorado em uma franquia baseada na saga literária de Tom Holt.

por Isabella Mendes – especial para CFNotícias

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Imagem Filmes.