Crítica: Perdida
Dirigido por Katherine Chediak, o filme “Perdida” é baseado no famoso livro de mesmo nome da autora Carina Rissi. A adaptação conta a história de Sofia, interpretada por Giovanna Grigio, uma garota jovem e independente apaixonada pelo universo literário de Jane Austen.
Sofia trabalha em uma editora e sonha em publicar uma nova edição de “Orgulho e Preconceito”, de Austen, e, apesar do amor pelos títulos da autora do século XIX, os únicos romances da sua vida são aqueles dos livros.
Mas sua vida muda após ser misteriosamente transportada para um mundo diferente, muito mais próximo do que ela julga ideal, ou seja, semelhante ao século em que viveu sua autora favorita.
Chegando ao local, a protagonista conhece a família do encantador Ian Clarke (Bruno Montaleone), e, embora seja bem recebida, sabe que precisa voltar para o tempo presente, mesmo que não faça a menor ideia do que fazer para isso.
Enquanto busca uma saída para retornar à sua vida “comum”, a jovem percebe que seu coração tem outros planos e que, talvez ela esteja exatamente onde deveria estar.
Apesar de se passar no passado, o longa não pode ser considerado um romance histórico, nem é essa sua intenção. A obra entrega um bom resultado ao se definir como um romance com um cenário inspirado no século XIX e nas obras de Jane Austen.
Os personagens coadjuvantes não têm uma participação muito marcante e os diálogos parecem demasiadamente simples, às vezes. Mas, o casal principal mostra boas atuações e, através do trabalho de Giovanna Grigio, é fácil perceber que Sofia sente-se mais confortável nesse passado peculiar do que em sua vida no presente.
“Perdida” pode não ser para todos os públicos, mas certamente agradará os românticos de plantão e os fãs de histórias leves que se passam em um cenário de época, especialmente os que já conhecem a trama literária na qual a produção se baseia, e cuja saga completa é composta por seis volumes. Ou seja, ainda há muita história para se contar nas telonas.
por Isabella Mendes
*Texto originalmente publicado no site A Toupeira.