Crítica: O Esquadrão Suicida


Sob enorme expectativa, chega aos cinemas uma nova versão de “O Esquadrão Suicida” (The Suicide Squad) que promete muita ação, aventura e violência na medida esperada quem quem gosta do gênero, por este motivo não é um filme para a criançada no geral – lembrando que a classificação indicativa no Brasil é para maiores de 16 anos.

No longa, Harley Quinn / Arlequina (Margot Robbie), Rick Flag (Joel Kinnaman) e Capitão Bumerangue (Jai Courtney) são os únicos membros do grupo vistos antes em tela, mas isso não chega a ser uma surpresa, pois na divulgação do material promocional já tivemos acesso aos inúmeros elementos novos, e nos quadrinhos a proposta do Esquadrão é realmente manter uma espécie de rodízio de personagens.

O que pode, talvez, não agradar a todos os fãs da DC Comics é a drástica mudança de uma temática mais sombria e adulta (padrão da editora) para um resultado oposto (ainda que conte com uma narrativa repleta de violência gráfica), no sentido de ter muito mais piadas e atitudes sem noção – mesmo que isso seja uma característica de alguns personagens.

No geral, a estrutura acaba se assemelhando, em vários momentos, ao que é apresentado em outras obras cinematográficas dos quadrinhos da Marvel. Este fato se dá pelo estilo do diretor/roteirista James Gunn, pois cada um leva para as produções suas marcas registradas, e a dele é este modelo mais descontraído e com elementos humorísticos mais ácidos e despojados.

Isso não invalida a obra, pois ela está muito bem estruturada, com atuação, roteiro e trilha sonora impecáveis. O que você vai acompanhar é uma narrativa em estilo “montanha-russa”, ou seja, com um acontecimento atrás de outro, não permitindo que percamos a adrenalina dos momentos mais importantes – e são vários durante os 132 minutos de duração.

A participação de Idris Elba como o Sanguinário dá um toque mais do que especial à ação proposta pelo filme. Assim como seus colegas de Esquadrão, ele é obrigado por Amanda Waller (Viola Davis) a participar de uma missão – claramente suicida – em Corto Maltese, um obscuro país sul-americano, controlado por uma ditadura mão de ferro.

O que ele não sabe, é que as maquinações de Waller poderão colocar a sua vida e de seus companheiros em um perigo desnecessário (ainda maior do que os que lhe foram ditos), e que terá que tomar medidas extremas, na posição de líder que lhe impuseram à força. Basta dizer que o principal antagonista que terão que enfrentar é de outro mundo – literalmente.

Não falarei de todos os (muitos) personagens para não estragar a surpresa – “O Esquadrão Suicida” é o tipo de produção que, quanto menos se soube antes, melhor será a experiência de assistir – mas vale dizer que o Tubarão-Rei, dublado na versão em inglês por Silvester Stallone, é a melhor e mais engraçada aquisição da Força Tarefa X. Em sua simplicidade e inocência, ele devora seus inimigos e consegue cativar o coração dos espectadores no processo.

Vá ao cinema, mas não dê uma de membro do Esquadrão Suicida: Preserve sua vida com as medidas necessárias de proteção.

por Clóvis Furlanetto – Editor-Rei

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Warner Bros. Pictures.