
Crítica: Mente Criminosa
É possível um bom elenco carregar uma trama pouco interessante? Claro que sim, mas nem sempre dá certo. Em “Mente Criminosa”, o grande time de atores formado por Kevin Kostner (O Homem de Aço), Gary Oldman (Batman – O Cavaleiro das Trevas), Ryan Reynolds (Deadpool) e Tommy Lee Jones (Divã a Dois) até faz a sua parte, mas infelizmente escorrega em alguns deslizes.
Talvez o maior problema do filme é ser genérico demais, não definindo se quer ser um thriller policial ou uma ficção científica. Mesmo tendo um grande elenco, a história patina em algumas irregularidades que deixam o espectador confuso.
A principal delas é a preocupação excessiva de explicar sua teoria quanto à possibilidade de um cérebro de uma pessoa ser inserido em outro indivíduo. Claro que essa informação é importante e precisa estar clara no filme, mas isso foi colocado de várias formas diferentes, o que pode deixar alguns espectadores confusos.
Na história, o agente da CIA Billy Pope (Ryan Reynolds) é morto em uma de suas missões. Com informações importantes sobre um programa que controla armas de destruição em massa, as memórias que estão em seu cérebro precisam ir para outra pessoa.
Por isso, o policial vivido por Gary Oldman convoca o Dr. Franks (Tommy Lee Jones) para fazer o transplante de cérebro. O escolhido é Jerico (Kevin Kostner), um criminoso brutal e perturbado. A partir daí, ele vai precisar digerir as informações descobertas pelo antigo agente e entender seu novo modo de vida.
Quem também está na trama é Gal Gadot, a Mulher-Maravilha de “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça”, como a esposa de Pope. Sem dúvida, a atriz chama atenção principalmente por trazer uma personagem que complementa bem as ações do protagonista.
Para não ser injusto, o longa tem seus bons momentos. Há cenas de ação interessantes e há momentos tensos que prendem atenção. No entanto, seu ponto mais forte é realmente a presença de atores e atrizes com calibre suficiente para chamar o público para o cinema. Pena que isso poderia ser melhor aproveitado com uma trama menos confusa e menos previsível.
por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias