Crítica: “De repente uma família”
Apesar de ter um tom leve e divertido, o filme “De repente uma família” (Instant Familiy) baseado nas experiências do cineasta Sean Anders e sua esposa Beth, pode arrancar algumas lágrimas de telespectadores mais sensíveis. A trama, além de comédia, tem um pouco de drama e autobiografia, tudo muito bem dosado deixando quem assiste emotivo, animado e reflexivo.
A direção acertou em dar um ar mais descontraído à trama que trata de um assunto tão difícil. A adoção, ponto central da trama, principalmente de crianças mais velhas, é um tema delicado, mas que conseguiu ser transposto para a tela de uma forma delicada e honesta, sem grandes romantizações.
O longa conta a história de Ellie e Pete, interpretados por Rose Byrne e Mark Wahlberg, que decidem adotar um filho. O casal, especialista em reformas de casas, acaba por se encontrar com um trio de irmãos – com uma adolescente incluída – e muitos desafios. Rose Byrne apresenta uma ótima e tocante atuação, muita afiada no tom cômico sem deixar de emocionar.
Os atores mirins encantam e trazem descontração ao filme. Isabela Moner, que interpreta a adolescente Lizzy, carrega bem muitas parte das cenas mais emocionantes da obra. Outro ponto alto é a atuação maravilhosa de Octavia Spencer, capaz de nos fazer sorrir mesmo nos diálogos mais difíceis.
A produção, apesar de ter um tom didático, pode agradar diversas idades pelo seu tom de comédia, mas o aviso é de que, apesar de boas gargalhadas há o risco de algumas emoções aflorarem também.
Uma boa opção pra quem, além de diversão, busca uma história singela e tocante.
por Isabella Mendes – especial para CFNotícias