“Um Conto de Amor e Desejo” chega aos cinemas em nove cidades


Estrelado pelo jovem francês Sami Outalbali, da série “Sex Education”, o longa-metragem “Um Conto de Amor e Desejo” chega hoje, 28 de abril, aos cinemas de nove cidades depois de passar pelos festivais de Cannes, du FIlm Francophone d’Angoulême e do Varilux de Cinema Francês do ano passado. São elas: Aracaju, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória. Em Fortaleza, o filme estreia no dia 05 de maio.

Dirigida pela tunisiana Leyla Bouzid e distribuída no Brasil pela Bonfim, a elogiada produção conta uma história sobre descobertas, aprendizado e libertação na periferia da Paris contemporânea.

Por seu papel, Sami foi indicado ao César 2022 como Revelação Masculina e o longa recebeu o prêmio de Melhor Filme no Festival du FIlm Francophone d’Angoulême 2021. Ele esteve no Brasil integrando a delegação francesa no Varilux.

A trama acompanha Ahmed Ouannas, um calouro da universidade Sorbonne que começa a estudar literatura e ter contato com diversas novas obras e assuntos radicalmente diferentes dos seus costumes e de sua família, dentre eles a literatura erótica árabe.

Em uma dessas aulas, ele conhece a atraente jovem Farah (Zbeida Belhajamor), que também abala inúmeras de suas percepções sobre o corpo, prazer e a sexualidade e lhe oferece um novo olhar sobre relacionamentos amorosos.

Em entrevista à Variety, a diretora Leyla Bouzid comentou sobre o choque entre os dois mundos que passam a coexistir na vida do protagonista a partir de seu ingresso na faculdade: as raízes árabes e suburbanas de Ahmed, que mora na periferia de Paris e descende de uma família que fugiu da Argélia, e a rotina vibrante, boêmia e romântica do centro de Paris, onde ele passa a frequentar diariamente e viver desafiadoras experiências.

“Filmar o corpo de um jovem árabe, mesmo que ele seja francês, como isso é visto pelos outros, já é algo político: interessar-se por seu corpo, sua pele, sua sexualidade já é algo político”, afirmou a diretora. Segundo ela, a ideia da produção era “propor outra visão de masculinidade, outro tipo de história que não foi apresentada em outros filmes. É algo que está ausente do nosso cinema.”, avalia Bouzid.