Primeiras impressões sobre “Fort Solis”


A nave espacial é a nova catedral gótica. Essa frase ajudou a definir “Alien, o Oitavo Passageiro”, assim como vários títulos de horror espacial.

O poder do morto vivo sobrenatural é substituído por novas força desconhecidas pela ciência, o labirinto sombrio tem possibilidades ainda mais limitadas de fuga, pois o ambiente exterior é inabitável.

Jogamos o primeiro dos quatro capítulos de “Fort Solis”, que usa essa ideia para criar um jogo de suspense em primeira pessoa. Aqui o jogador investiga uma base de pesquisa em Marte (a Fort Solis do título) que deixou de responder. Vemos exatamente o que pesquisava e o que aconteceu com a equipe.

A primeira coisa que vem na cabeça quando se pensa em games assim são jogos como “Doom” e “Dead Space”, porém, aqui não temos um jogo de ação e tiroteio, mas de exploração e raciocínio, sem combates com monstros.

A obra é quase um filme jogável, onde a base é um grande labirinto pelo qual recolhemos arquivos de texto, áudio e vídeo da tripulação a fim de descobrir o que aconteceu.

Ao mesmo tempo, resolvemos enigmas para chegar a novas áreas ou passar por perigos dentro da base – desafios com dificuldade baixa para um jogador experiente, mas adequados para o casual que deseja apenas curtir o enredo.

Você vai ganhando simpatia pelos personagens, incluindo o protagonista, à medida que vai observando suas histórias pessoais, incluindo mensagens de familiares e objetos de entretenimento.

Para dar o clima de homenagem a filmes espaciais, existem ainda pôsteres de longas fictícios espalhados pela nave, os quais você coleciona para destravar extras do jogo. Isso fortalece o gameplay, assim como auxilia na caracterização do universo da história.

A empresa Fallen Leaf falou que a ideia era fazer um jogo curto, mas intenso e focado na narrativa, algo que conseguem bem no primeiro capítulo neste suspense de ficção científica, estando os quatro capítulos disponíveis juntos na compra de “Fort Solis”.

por Luiz Cecanecchia

*Texto originalmente publicado no site A Toupeira.