Crítica: Wonka


Estreia nos cinemas brasileiros, uma produção que traz eventos anteriores aos contados no livro clássico “Charllie e a Fábrica de Chocolate” (Charlie and the Chocolate Factory), do autor Roald Dahl – lançado em 1964 – resgatando a magia dos contos literários com o devido respeito ao público. “Wonka” chega distribuindo emoção e chocolate para todos.

1971 marcou o lançamento de “A Fantástica Fábrica de Chocolate” “Willy Wonka and the Chocolate Factory), com a atuação magistral de Gene Wilder como o protagonista e mestre chocolateiro. O longa foi desenvolvido como um musical e conquistou os corações de pessoas de várias gerações.

No ano de 2005, o diretor Tim Burton fez uma refilmagem Johnny Depp como Willy Wonka, e, felizmente, entregou uma bela homenagem ao original – na maioria dos casos, os remakes não conseguem chegar perto da qualidade das produções originais.

E, após 52 anos da primeira adaptação para as telonas, “Wonka” pode ser considerado um filme de origem, pois apresenta ao público a narrativa da vida de Willy Wonka e sua saga para construir seu império de chocolate.

Nesta nova aventura, o jovem e inocente Willy Wonka (Timothée Chalamet) desembarca em uma cidade europeia não identificada, na década de 1940, com o sonho de se tornar o maior mestre chocolateiro do mundo. Para isso, conta com suas criações inusitadas e que serão combatidas pelos empresários do chocolate corruptos da comunidade.

Wonka não enfrentará as agruras sozinho e contará com a inteligência da jovem Noodle (Calah Lane), que será sua especial escudeira para enfrentar as diversas dificuldades de sua jornada.

Outro personagem especial, cheio de sagacidade, representará uma peça essencial na resolução de vários problemas: o Oompa-Loompa (interpretado por Hugh Grant), que é uma espécie de agente especial de seu povo em busca de reparação pela aquisição indevida do cacau de sua ilha.

O roteiro de Paul King (que também assume a cadeira de diretor) e Simon Farnaby é maravilhoso. A trama apresentada ao público tem começo, meio e fim adequados para a compreensão de todos os elementos importantes, sem perder tempo com discussões desnecessárias.

Os problemas sociais da comunidade local são apresentados de maneira a não desrespeitar o direito de opinião das pessoas. O que permite leveza e integração entre seus personagens, e onde heróis e heroínas são boas pessoas, enquanto os vilões são maus de verdade até o final.

Sem exceção, todos os personagens são interpretados magistralmente, mas vale ressaltar que Timothée Chalamet (Wonka) e Hugh Grant (Oompa-Loompa) roubam todas as cenas das quais participam.

As músicas da trilha sonora original composta por Joby Talbot são cativantes e, quando menos percebemos já estamos cantando com os personagens (e até dançando no cinema em uma coreografia não ensaiada).

Quem já é fã da história clássica irá se emocionar e amar “Wonka”. E, para quem nunca assistiu a nada (nem mesmo leu a obra original), é o momento de se emocionar ao conhecer esse doce universo.

Quer gostosuras ou travessuras? Não precisa escolher. Em “Wonka” há sensações e chocolates para todos os gostos. Por isso, vá ao cinema e não perca essa deliciosa aventura.

por Clóvis Furlanetto – Editor

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Warner Bros. Pictures.