Crítica: A Vida Secreta de Walter Mitty
Viajar mundo a fora sem destino e com apenas uma mochila nas costas é a vontade de muitos. Quem nunca pensou em visitar lugares exóticos, adquirir nova cultura e vivenciar fatos inesquecíveis e até inusitados?
Quem resolveu jogar tudo para o alto e viver intensamente a vida foi Walter Mitty, personagem de Ben Stiller (Entrando numa fria), que também estreia como diretor em “A Vida Secreta de Walter Mitty”, filme com a história de um homem solitário que tem dificuldades de se relacionar socialmente, principalmente com as mulheres.
Trabalhando há muitos anos na sessão de negativos de fotos da revista americana “Life”, Walter percebe que seu emprego corre sérios riscos, pois o veículo começa a viver o processo de digitalização, fazendo com que a maioria dos funcionários seja demitida pelo novo administrador.
No entanto, Mitty fica encarregado de revelar a foto da capa da última edição impressa da revista. No início parece uma tarefa simples, mas que começa a se complicar quando o negativo da foto desaparece.
Walter, um sonhador que chega se desconectar do mundo real em vários momentos, é obrigado a viajar pelo mundo atrás do fotógrafo que lhe enviou a imagem, além de encarar os sentimentos pela bela Cheryl (Kristen Wig). A partir daí, protagonista e espectador embarcam em uma jornada pelo mundo que se transforma em uma grande aventura.
Ben Stiller sempre carrega aquela imagem de personagens caricatos, como Zoolander, White Goodman (Com a Bola Toda) e Ted (Quero Ficar com Mary). Com esse novo personagem, a comédia está presente, mas o tom é bem mais dramático, ficando claro a tentativa de explorar novos horizontes.
“A Vida Secreta de Walter Mitty” é um filme que deve ser encarado de maneira leve e sem compromisso. A fotografia é maravilhosa e a mensagem é transmitida de forma delicada, deixando o espectador com a vontade de viajar pelo mundo, embarcar em uma aventura e, principalmente, viver de forma mais descontraída.
por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias