Crítica: Until Dawn – Noite de Terror

Com a popularização dos games cinematográficos nos últimos anos, era questão de tempo até “Until Dawn” ganhar sua própria versão para as telonas. Inspirado no jogo homônimo, lançado em 2015, o longa de 2025 “Until Dawn – Noite de Terror” chega com a missão de agradar os fãs do game, mas também de conquistar o público geral com uma história repleta de tensão, violência estilizada e homenagens ao terror clássico.

Na trama, acompanhamos Clover (Ella Rubin) e seus amigos que, um ano após o misterioso desaparecimento de sua irmã Melanie, decidem explorar o vale remoto onde ela sumiu. Ao chegarem, são brutalmente assassinados por um assassino mascarado, apenas para acordarem no início da mesma noite, presos em um ciclo temporal. Cada reinício traz uma ameaça diferente, mais aterrorizante que a anterior, e o grupo percebe que tem um número limitado de mortes antes de escapar.

A premissa pode parecer familiar, mas é exatamente nessa zona de conforto que o filme encontra seu charme. O diretor David F. Sandberg (“Quando As Luzes se Apagam” e “Annabelle 2 – A Criação do Mal”) consegue manter o ritmo ágil e explorar bem os arquétipos do gênero sem cair na mesmice. É impossível não se lembrar de clássicos como “Sexta-Feira 13”, “Pânico” e “Evil Dead”, principalmente nas sequências de perseguição e nas mortes, que aqui são o grande destaque: Criativas, intensas e bastante sangrentas!

Aliás, para quem conhece o material original, a produção é um prato cheio. Ambientações, objetos-chave e até a ideia do “efeito borboleta” ganham versões sutis. Mesmo sem a interatividade que marcou a experiência dos jogadores, o longa consegue transmitir bem a tensão de cada escolha e o peso de cada consequência, mesmo que em alguns momentos pareçam óbvias as tomadas de decisões.

O elenco jovem segura bem a proposta, com boas performances que equilibram carisma e tensão, mesmo que alguns personagens se aproximem dos estereótipos típicos do gênero, o resultado final é positivo.

Com produção da Sony Pictures, “Until Dawn – Noite de Terror” não tenta reinventar o gênero, mas entrega uma obra competente, divertida e que entende perfeitamente o público a quem se destina. Com mortes impactantes, atmosfera bem construída e uma homenagem honesta ao terror dos anos 2000, o filme se consolida como uma adaptação satisfatória de um game e ainda deixa aquele sabor de: vem mais por aí…

por Gabriel Bonifácio – especial para CFNotícias

*Título assistido em Pré-Estreia promovida pela Sony Pictures.