Crítica: Annabelle 2 – A Criação do Mal


 

Um dos grandes acertos da franquia “Invocação do Mal” é a aparição de Annabelle, boneca amaldiçoada que causou vários sustos no longa de James Wan (Velozes e Furiosos 7) e até ganhou filme próprio, em 2014. Devido ao sucesso de sua história macabra, a personagem ganha agora sua sequência, “Annabelle 2: A Criação do Mal”. Pena que dessa vez tudo deixa (e muito) a desejar.

Para começar, o título, mesmo tendo o número 2, indica que a história se passa antes do primeiro filme, o que deixa tudo confuso, principalmente para quem não tem tanto conhecimento da trajetória desse brinquedo maligno.

Outro ponto negativo é a falta de tensão ao longo na trama, algo que tanto Invocação 1 e 2 têm de sobra. Por mais que a Annabelle continue com sua cara demoníaca (ótimo!), as cenas que deveriam assustar o público são bastante previsíveis (até forçadas em certos momentos), o que desmotiva e constrange o espectador. Para se ter ideia, as pegadinhas produzidas pelo programa do Silvio Santos assustam bem mais!

Na história, o artesão Samuel Mullins (Anthony LaPaglia) vive tranquilamente construindo bonecas e ao lado da esposa Esther (Miranda Otto) e da filha Bee (Samara Lee). Depois da menininha morrer atropelada, ele decide acolher em sua casa uma freira e dezenas de moças desalojadas de um orfanato. Entre elas está Janice (Talitha Bateman), uma garotinha simpática que se locomove com dificuldades por causa de uma doença.

Tudo começa a mudar quando a jovem se torna alvo da principal criação de Samuel: o primeiro modelo da boneca Annabelle (ela recebe esse nome somente depois), que está bem trancada em um dos cômodos da casa. A partir daí, a vida da órfã e de todos da casa vira um inferno.

De ponto positivo, somente alguns “fans services” (elementos colocados propriamente para os fãs) que surgem de maneira inteligente, principalmente na reta final da trama. Infelizmente, isso é pouco não só para o filme “Annabelle 2: A Criação do Mal” mas também para a personagem em si, que, em pouco tempo, tornou-se uma referência dentro do gênero de terror.

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias