Crítica: “Thor: Ragnarok”
Filmes de personagens de quadrinhos sempre são uma caixinha de surpresas, pois nem sempre encontramos um bom roteiro, um diretor que saiba contar a história adequadamente ou um ator (atriz) que realmente entenda como ar vida ao personagem, mas “Thor: Ragnarok” que chega aos cinemas hoje, atende todos esses desejos.
Arrisco até em dizer que este longa de Thor é o melhor de todos já produzidos na franquia até o momento. Sob a direção de Taika Waititi, temos finalmente a essência do deus nórdico em uma batalha épica contra as forças do mal, ou melhor a força da deusa da morte Hela, além de revelações surpreendentes sobre o passado de Odin e Asgard.
Quando Hela consegue escapar de seu exílio, a primeira coisa que faz é voltar para Asgard em busca de vingança. Thor tenta impedir, mas é lançado do outro lado do universo em um planeta estranho que promove lutas até a morte entre vários seres de partes distintas da galáxia. Em um desses confrontos o deus do trovão terá que encarar o Incrível Hulk em uma batalha épica pela sua vida e tentar voltar para seu reino para impedir os planos nefastos da vilã.
Contar qualquer coisa é cometer um ato pecaminoso de spoiler sem piedade, por este motivo atentarei apenas aos elementos mais importantes da análise do filme, pois em um elenco em que temos Chris Hemsworth (Thor), Cate Blanchett (Hela), Tom Hiddleston (Loki), Idris Elba (Heimdall), Mark Ruffalo (Hulk) e Anthony Hopkins (Odin) fica difícil falar de interpretação. Esse pessoal arrasou e colocou em outro nível a franquia do herói.
O roteiro está muito bem amarrado, claro que os fãs de quadrinhos torcerão o nariz para certas mudanças em alguns personagens e passagens históricas, mas não será nada que mereça a decapitação imediata de alguém. Trilha sonora é um fenômeno à parte, só para sentirem o gostinho, a sensacional “Immigrant Song” do grupo Led Zeppelin é uma das principais faixas.
Como sempre, também há a participação mais do que especial de Stan Lee. Preste muita atenção quando ele aparece, pois são tão rápidas quanto emocionantes suas performances.
Não perca tempo, pegue sua espada (o martelo é do Thor!), invoque os poderes da tempestade e veja “Thor: Ragnarok”. Ou por Odin, não sei o que poderá acontecer.
por Clóvis Furlanetto – “deus” Editor