Crítica: Surto


Nesta sexta-feira, 19 de novembro, chega às principais plataformas digitais “Surto” (Surge), filme de ação vencedor do Festival de Saudance.

As atenções são voltadas ao protagonista interpretado por Ben Whishaw, que realmente é o grande destaque da produção. Sua dedicação ao papel é admirável. A cada cena, percebemos que o personagem Joseph é um sujeito solitário, perturbado e problemático.

Na história, o rapaz atua como segurança de aeroporto e não tem um propósito de vida. Depois de realizar um ato de impulso de revolta, ele passa a viver pelas ruas de Londres em uma espécie de dia de fúria, o que pode colocar em risco a própria vida e de outros cidadãos. A partir daí, passamos a ver uma trama tensa e selvagem.

Antes de tudo, é importante afirmar que o suspense dramático dirigido por Aneil Karia (que também assina o roteiro junto a Rita Kalnejais e Rupert Jones) é importante para os dias atuais. Tudo porque aborda temas que são pesados, mas que merecem a atenção das pessoas, ainda mais depois de dois anos pandêmicos. Em quase duas horas de duração, a obra discorre sobre depressão, solidão, saúde mental e tolerância.

O ritmo do filme é seu ponto mais fraco. Como não tem tanta trilha sonora e a câmera passa o tempo inteiro focada nas expressões de Joseph, as cenas podem parecer cansativas em alguns momentos. No entanto, a atuação de Whishaw compensa esse detalhe, afinal, como dito acima, o ator prova – mais uma vez – o quanto é talentoso.

Em resumo, “Surto” é um baita filme, que merece ser visto. Tudo porque ele é eficiente ao explorar assuntos delicados, que devem ser debatidos pela sociedade.

por Pedro Tritto – especial para CFNotícias

*Título assistido em Cabine de Imprensa Virtual, a convite da Synapse Distribution.

**Disponível para compra e aluguel nas plataformas digitais Claro Now, Vivo Play, iTunes/Apple TV, Google Play e YouTube Filmes.