Crítica: Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso
“Filhotes fofinhos que andam por aí dirigindo carros. Eu sei, parece estranho, mas você se acostuma”. Essa é a boa definição que uma personagem de “Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso” (PAW Patrol: The Mighty Movie) dá à equipe de cãezinhos treinada para fazer o bem e cuidar dos cidadãos da Cidade da Aventura.
Na trama da animação que chega aos cinemas, a maior chuva de meteoros dos últimos cinquenta anos poderá ser visualizada da Terra. Mas, o que era para ser um evento celestial único, acaba se tornando um problema, graças ao plano maléfico de Victoria Vanci (voz de Taraji P. Henson), uma cientista que, embora não admita ser chamada de maluca, claramente, não é das pessoas mais sãs.
A antagonista rouba um eletro imã e acopla o artefato em um raio trator, a fim de, através de sua força de atração, desviar a rota de ao menos um dos meteoros, pois julga que obterá vantagens se o tiver em sua posse.
Com a prisão de Victoria, o meteoro acaba sob os cuidados de Ryder (voz de Finn Lee-Epp na versão original) e dos filhotes da Patrulha, tendo um inesperado poder descoberto por Skye (voz de McKenna Grace), enquanto esta passa por uma crise existencial por ser sempre a menor – de sua ninhada, e agora de sua equipe. Como indica seu tema musical (a belíssima “Learning to Fly”, de Christina Aguilera), a filhotinha aprende a voar.
Oportunamente, o interior do meteoro conta com sete cristais, e cada um dá super poderes aos filhotes, amplificando alguma habilidade que lhes seja mais peculiar: Chase (voz de Christian Convery) torna-se veloz; Marshall (voz de Christian Corrao) manipula o fogo; Zuma (voz de Nylan Parthipan) pode tornar-se líquido; Rubble (voz de Luxton Handspiker) transforma-se em uma bola de demolição; Rocky (voz de Callum Shoniker) vira uma espécie de imã; e Liberty (voz de Marsai Martin / Aline Wirley) descobrirá seu poder quando estiver preparada para ele.
Tais habilidades serão muito úteis para enfrentar não só Victoria, mas também o ex-prefeito Humdinger (voz de Ron Pardo), quando a dupla consegue escapar da prisão e planeja roubar os cristais para ampliar as possibilidades de fazer o mal.
Assim como é padrão na franquia animada, o eixo central do roteiro escrito por Cal Brunker (também à frente da direção) e Bob Barlen é simples, mas eficaz. Porém, o que dá alma à produção são as tramas paralelas que se baseiam nos desafios de nos aceitarmos como somos, na responsabilidade de compreender as dores dos próximos e no enfrentamento da passagem do tempo (sim, os amados filhotes caninos estão crescendo).
Como destaque adorável, há a aparição de três filhotinhos em treinamento para a Patrulha Mirim: Tot (voz de Brice Gonzales / Antônio Rickli), Nano (voz de Alan Kim) e Mini (voz de North West), que podem sugerir a continuação do legado da Patrulha Canina original, em algum momento futuro. E uma rápida, mas genial citação de Chase, que será reconhecida pelos fãs de Tom Cruise (mais especificamente de “Top Gun”) e me fez sorrir em frente à tela.
Por falar em sorrir, há vários motivos para isso, durante os 92 minutos de duração de “Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso”, mas também há espaço para emocionar-se com o longa de visual incrível e história marcante.
Vale muito a pena conferir!
por Angela Debellis
*Texto originalmente publicado no site A Toupeira.