Crítica: O Convento


“O Convento” (Consecration), novo terror distribuído pela Imagem Filmes, pega a onda de “A Freira”,  e parece ser um terror com jumpscares, mas se trata mais de um suspense com toques sobrenaturais.

A trama acompanha Grace interpretada por Jena Malone, que, após a morte suspeita de seu irmão Miguel (Steffan Cennydd) viaja até um Convento em Mount Savior, na Escócia, para descobrir o que realmente aconteceu.

Quando chega ao local, ela se depara com um ambiente estranho, com o que mais parece um culto, e, com o passar do tempo, fica certa de que seu irmão (que era padre) foi assassinado. Disposta a provar tal teoria e entender porque mataram Miguel, Grace vai descobrindo mais coisas sobre os  estranhos hábitos das freiras do convento, sobre o passado misterioso do lugar e sobre seu próprio passado.

O filme remete muito títulos de investigação policial, mas com um ar mais macabro e um pé no terror. Preocupa-se mais em ir construindo um clima de tensão, do que em assustar o espectador ou apresentar cenas sangrentas, tanto que seu início é lento e apresenta os personagens com calma.

O fato de Grace ser uma filha adotada, e não lembrar-se de sua infância antes da adoção, ajuda a dar mais uma camada de mistério à narrativa escrita por Christopher Smith (que também dirige a obra) e Laurie Cook.

A produção aborda o terror religioso de uma forma diferente, onde não há como se ter certeza do que está de fato acontecendo, e com viradas interessantes no roteiro. Conta ainda com belas paisagens e com uma boa construção de cenário no convento que serve de cenário para o desenvolvimento da história.

“O Convento” não é muito assustador e não se propõe a ser um filme comum de terror, mas apresenta um suspense interessante e um final surpreendente.

por Isabella Mendes – especial para CFNotícias

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Imagem Filmes.