Crítica: Meu “Querido” Elfo
De produção russa e distribuído no Brasil pela A2 Filmes, Meu “Querido” Elfo é uma fantasia e comédia voltada para crianças com classificação indicativa de 10 anos. Com o título original de Domovoy (The House Elf, em inglês) o longa trata sobre uma criatura mítica eslava, um espírito doméstico bondoso, mas também conhecido por pequenas travessuras e chamado na versão brasileira de Elfo Doméstico, certamente por influência das obras de J. K. Rowlling.
Na trama, dirigida e roteirizada por Evgeniy Bedarev, a agente imobiliária Ella (Yuliya Sules) tenta, sem sucesso vender um apartamento em Moscou, já que um Elfo Doméstico, interpretado por Sergey Chirkov, estranhamente maldoso, habita o local e afasta todos os possíveis compradores com truques com ares de poltergeist.
Devido ao que parece ser assombrações, e ao estado do imóvel há muito tempo sem donos, o preço é baixo, o que atrai a Vika (Ekaterina Guseva) e sua filha de oito anos Alina (Alexandra Politic).
Antes da visita das duas, Ella contrata a bruxa Mãe Fima (Olga Ostroumova-Gutshimidt) para afastar o Elfo, o que estava dando certo até esta descobrir a existência de um tesouro no apartamento, decidir manter o Elfo para afastar os possíveis compradores e poder pegar o tesouro para si mesma.
Devido a um acordo entre Ella e a criatura mágica, feito logo no início do filme, o Elfo permite a mudança de Vika e sua filha, mas com a intenção de expulsá-las logo em seguida. Ele, que não gosta de companhia, e é visível apenas para o gato da família, permanece no apartamento, provocando as mais diversas travessuras para tentar expulsar a família, ao mesmo tempo em que a bruxa Mãe Fima planeja conseguir o tesouro.
A produção, apesar de às vezes se perder um pouco em estabelecer seu público-alvo, com cenas ora muito infantis, ora voltadas para crianças mais velhas, consegue um bom equilíbrio entre sequências fofas – principalmente com a relação do Elfo e Alina – e cenas cômicas, em grande parte devido à ótima interação do Elfo com o gato (dublado no original por Pavel Derevyanko), que é o único personagem que além de ver o ser místico, também pode conversar com ele.
Com 95 minutos de duração, Meu “Querido” Elfo pode ser repetitivo em alguns momentos, com os mais diversos profissionais, entre bruxos, xamãs e exorcistas contratados para se livrarem do levado Elfo Doméstico, mas ainda assim pode agradar e é uma boa pedida para se ver em família e conhecer um pouco mais sobre os mitos russos.
Também trata de forma interessante a convivência em família, e conta de forma singela a história do apartamento e a relação dos Elfos Domésticos com suas casas e as pessoas que ali moram.
por Isabella Mendes – especial para CFNotícias
*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela A2 Filmes.