Crítica: Meu Novo Brinquedo


A comédia francesa “Meu Novo Brinquedo” (The New Toy / Le Noveau Joulet) dirigida por James Huth chega ara compra e aluguel nas principais plataformas digitais (Amazon, Claro TV, Google Play, Vivo Play, Microsoft e iTunes) e aborda um tema muito interessante: a paternidade.

O filme conta a história de Sami Chérif (Jamel Debbouze), um homem humilde que, após alguns problemas com seu trabalho como vendedor, começa a trabalhar como vigia noturno em uma loja de brinquedos.

Um dia, ele é escolhido como presente de aniversário de Alexandre (Simon Faliu), o filho mimado de um empresário rico. No entanto, o garoto perdeu a mãe recentemente e não tem convívio com o pai, Philippe Étienne (Daniel Auteuil), que vive ocupado, tornando a situação, apesar de bizarra, aceitável.

A comédia mescla com o drama, expressando as dificuldades de uma criança, que ainda que tenha “tudo” que quiser, não tem o carinho e o amor familiar. Ao mesmo tempo, a atuação de Jamel nos mostra que o pai de outra família pode acabar suprindo verdadeiramente este vazio que o garoto tem, ainda que possa trazer dificuldades de uma vida paterna “dupla”.

A história em si é boa, sendo muitas vezes emocionante. A relação entre os dois personagens é bem coesa e, muitas vezes, durante a narrativa escrita por Jamel Debbouze, Mohamed Hamidi, James Huth, Sonja Shillito e Francis Veber, ainda que as ações de Alexandre sejam questionáveis, o espectador consegue entender e compactuar com a criança, mérito este da atuação de Simon Faliu.

“Meu Novo Brinquedo” tem pouco menos de 2 horas de duração, com um roteiro que explora bem o ambiente familiar de Sami e Alexandre, além de demonstrar a vida pessoal dos coadjuvantes. É um longa-metragem que nos faz refletir sobre a importância do amor familiar e sobre o que o dinheiro pode ou não comprar.

por Artur Francisco – especial para CFNotícias

*Título assistido em Cabine de Imprensa Virtual promovida pela A2 Filmes.