Crítica: Mad Max: Estrada da Fúria


madmaxf“Mad Max: Estrada da Fúria” (Mad Max: Fury Road) é ação. Se tem uma palavra que define o filme é essa, durante seus 120 minutos o longa simplesmente não para, sem muito tempo para diálogos, e quase nada de sobra para o espectador ficar tranquilo com a segurança dos personagens.

Max (Tom Hardy) é um sobrevivente do fim do mundo, a Terra agora é um deserto sem esperança, com um população faminta e desesperada controlada por Immortan Joe ( Hugh Keays-Byrne) um líder egoísta e cruel.

Além de Max e Joe, a trama conta com uma personagem fundamental: Furiosa (Charlize Theron) é a Imperatriz que se rebela contra as atitudes do Rei.  A narrativa começa pra valer quando Furiosa resolve resgatar as “Mães” (mulheres que vivem somente para a reprodução), essa atitude deixa Joe sem chão, e ele decide trazê-las de volta custe o que custar.

No caminho de sua fuga, Furiosa encontra Max, que não faz a menor questão de se envolver no problema que a Imperatriz arrumou, mas para garantir sua própria sobrevivência, acaba entrando com tudo na história.

Desse momento para frente o longa é só tensão, o espectador se envolve facilmente com os personagens, e torce por eles até o fim. Immortan é um personagem bem construído, o público sente raiva dele e quer vê-lo destruído, mas como todo bom vilão ele é absurdamente forte, e no caso, dono de um exército feroz.

Apesar de ser muito dinâmico, não é um filme superficial, e essa é  a cereja do bolo: tanto os personagens, quanto o trabalho em geral têm certa dramaticidade e emoção que dão um toque especial na trama.

A fotografia é perfeita, as cores e iluminação remetem bem ao cenário pós-apocalíptico, as cenas são lindas e trazem a ideia de algo cartunesco – o que é bem apropriado – o espectador vê o longa e consegue imaginar em HQ todas as sequências.

George Miller fez um ótimo trabalho nesse novo filme de Max e os fãs do personagem vão gostar bastante. Quem não é fã vai curtir a trama também, pois é diversão garantida para qualquer público. Vale a pena conferir.

por Tatiane Teixeira – especial para CFNotícias