Crítica: Lupin – Primeira Parte


Tramas de assalto costumam chamar atenção, afinal, sempre geram suspense do que vai acontecer e diverte com os “malabarismos” que os assaltantes fazem para terem sucesso. “La Casa de Papel”, “Truque de Mestre” e a franquia “Onze Homens e Um Segredo” seguem esse padrão. Agora, quem entra para esse time é a série “Lupin”, disponível na Netflix.

Com apenas cinco episódios (é só a primeira parte), a produção francesa acompanha Assane Diop (Omar Sy), um sujeito que se inspira em um personagem literário para roubar um colar valioso do Museu do Louvre, em Paris.

Já no primeiro episódio, temos uma apresentação e tanto do protagonista e suas motivações. Logo nos minutos iniciais, vemos o personagem central executando seu plano para vingar seu pai, Babakar Diop (Fargass Assandé), que se matou na prisão depois de ser obrigado a assumir o roubo desse mesmo colar, anos atrás.

Na época, a joia pertencia aos Pellegrinis, uma família francesa poderosa, a mesma que cuidou de Assane quando criança após Babakar ser preso. Eles pagavam escola e comida para o garoto, mas nem tudo eram gentilezas entre os milionários.

Nesse momento, é possível criar empatia com a estrela do seriado. Tudo por causa do carisma de Omar Sy, o mesmo de “Intocáveis”, “Pegando Fogo” e “Jurassik World”, e também por causa do personagem criado por Maurice Leblank que inspira a trama. Trata-se de Arsène Lupin, conhecido devido a sua habilidade de se disfarçar e criar planos mirabolantes para cometer seus delitos.

Pena que a continuidade da história não acompanha o ritmo do episódio inicial e perde bastante fôlego, deixando os capítulos seguintes mais arrastados e cansativos. Isso ocorre porque faltam grandes reviravoltas na jornada de Assane. Depois de uma introdução robusta e impactante, espera-se mais intrigas e reviravoltas. No entanto, o que se vê são ações previsíveis e pouco emocionantes.

Em contrapartida, o ponto mais alto depois do primeiro episódio é quando Assane conhece Fabienne Beriot (Anne Benoit), uma jornalista aposentada que fracassou na hora de desmascarar os Pellegrinis. Com novas pistas, os dois tentam se vingar dos rivais, o que deixa a trama um pouco mais interessante, mas só.

E o final? Claro que não contarei, mas certamente irritará muita gente, já que a última cena acontece de maneira inesperada, sem uma conclusão e com grandes perguntas para a sequência. De qualquer forma, “Lupin” é uma série que diverte mesmo com seus altos e baixos, mas mais por causa do carisma de seu protagonista do que pela história em si.

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias