Crítica: Kung Fu Panda 4


O Grande Dragão Guerreiro vai se aposentar. Mas não exatamente. Em “Kung Fu Panda 4” (Kung Fu Panda 4), Po (voz de Jack Black na versão original americana e Lúcio Mauro Filho na versão brasileira) foi escolhido para ser o novo líder espiritual do Vale da Paz, e quem realmente quer se aposentar é Mestre Shifu (Dustin Hoffman / Leonardo Camillo).

Além do treinamento espiritual que irá receber de seu mestre, o protagonista também terá que procurar um substituto e o preparar para assumir o cargo de Dragão Guerreiro em seu lugar.

Nessa aventura, aparece a figura menos provável para esta substituição: a raposa Zhen (Awkwafina / Danni Suzuki), que não é muito fã de seguir regras. Juntos correm contra o tempo para derrotar a feiticeira Camaleoa (voz de Viola Davis / da poderosa Taís Araújo, que agrega força à personagem só por ter seu nome ligado a ela), que quer ressuscitar todos os vilões guerreiros, a fim de absorver todos os seus poderes.

Formato que geralmente dá certo em qualquer roteiro de aventura ou conto de fadas, mas que aqui, tem uma graça a mais por ser uma animação, e um toque de fofura com humor.

Pensar em ir assistir ao volume 4 de um filme, mesmo sendo uma franquia de sucesso, causa certa apreensão. Poucos chegaram com continuações tão interessantes como no início de tudo. Não sei se há necessidade de tantas sequências, como o caso de “Velozes e Furiosos”, ou “Homem Aranha”, e muitos outros.

“Continuação”, percebe-se que não é a palavra certa, pois se trata de contar em um tempo futuro qualquer, o que houve com as personagens. A velha mania do ser humano de querer saber o futuro, sem muito se interessar pelo presente, mesmo em se tratando de figuras ficcionais.

A animação da Universal Pictures em parceria com a DreamWorks Animation traz uma história divertida, que pode muito bem ser assistida por uma pessoa que não acompanhou as outras edições da saga de Po. A narrativa se explica sem precisar de informações anteriores.

E isso é um grande desafio para roteiristas e diretores:  ser um filme interessante (independente das produções prévias) e incrível – para quem acompanhou tudo, desde o primeiro. “Kung Fu Panda 4” atende perfeitamente esta expectativa.

Com direção de Mike Mitchell e roteiro de Jonathan Aibel, Glenn Berger e Darren Lemke, “Kung Fu Panda 4” traz um pouco de alegria e diversão para todas as idades, para todos que precisam de  um respiro em meio a tempos tão tensos.

por Carlos Marroco – especial para CFNotícias

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Universal Pictures.