Crítica: Kingsman – O Círculo Dourado


 

Quem conferiu “Kingsman: Serviço Secreto”, longa dirigido por Matthew Vaughn (Kick-Ass), certamente se encantou com as homenagens aos clássicos filmes de espionagem. Sem dúvida, as inúmeras referências a James Bond e outros grandes espiões do cinema é a maior sacada dessa arrojada história de Egssy (Taron Egerton) e companhia.

Com uma apresentação tão boa, é possível fazer uma sequência atrativa? Vaughn provou que sim com “Kingsman: O Círculo Dourado”. Claramente, o cineasta não entrega um filme inesquecível como o anterior, mas nos presenteia com algo divertido, despretensioso, que cativa do início ao fim com cenas de ação ousadas e eletrizantes.

E isso é o que mais importa nesse momento, afinal de contas, estamos falando de uma franquia com personagens carismáticos (Harry Hart, interpretado por Colin Firth, é só um deles), que ainda tem muita coisa interessante para ser explorada. Por favor, façam isso acontecer!

Se no primeiro longa a trama começa empolgante com o rif inicial de “Money For Nothing”, da banda Dire Straits, agora a melodia delicada de “Coutry Roads”, de John Denver, é quem nos apresenta Eggsy e seus colegas. Aliás, a clássica canção do cantor americano é um convite especial para essa nova aventura, já que é tocada em uma gaita de fole potente, nos preparando para o drama que o protagonista vai viver ao longo da película.

Para quem acha que o jovem protagonista ainda é um aprendiz no mundo da espionagem é bom tirar o cavalinho da chuva (que bom!). Agora, o rapaz tem suas próprias missões de campo e vive uma vida amorosa confortável com a princesa Tilde (Hanna Alström).

Tudo começa a mudar quando a sede e vários agentes da Kingsman são destruídos a mando de Pop (Julianne Moore), uma moça maligna que promete transformar o mundo em um ambiente caótico. Totalmente isolados, Eggsy e Merlim (Mark Strong) descobrem a existência de uma agência secreta, chamada Statesman, localizada nos Estados Unidos. Depois de conhecerem a organização e seus colegas excêntricos, os dois se aliam aos americanos para acharem uma forma de acabar com a vilã e salvar o mundo.

A partir daí, a trama ganha corpo e a pancadaria começa a correr solta. Claro que há alguns excessos no roteiro que não têm como passar em branco. De qualquer forma, o longa não perde seu lado excêntrico, o que garante a diversão.

A verdade é a seguinte: a missão de “Kingsman: O Círculo Dourado” em ser superior ao seu antecessor era praticamente impossível, afinal de contas, o filme de 2015 é muito bem ajustado, com um roteiro preciso e momentos inesquecíveis (lembram do massacre na igreja?). Agora, isso não quer dizer que a continuação seja ruim. Pelo contrário! É uma aventura que sabe o que quer, tem cenas de ação empolgantes (destaque para a sequência final em que Eggsy e Harry invadem a base de Pop) e uma trama pra lá de divertida. Ajuste o smoking, prepare o martini e curta sem compromisso!

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias