Crítica: IT – A Coisa


Quem gosta de Stephen King sabe que “IT – A Coisa” é uma de suas obras mais importantes. Por causa disso, a famosa história do palhaço Pennywise merece ser contada de uma forma inesquecível, ou seja, em um filme impactante, grandioso, assustador, tenso e sombrio. E é isso o que acontece! Sensacional! Finalmente podemos esquecer aquele telefilme de 1990.

Dirigido por Andy Muschietti, a nova adaptação do livro mais volumoso de King (são mais de 1000 páginas) tem todas as qualidades citadas acima e isso é possível ver já na primeira cena. Nela, o pequeno Georgie (Jackson Robert Scott) sai de casa com sua capa de chuva amarela, para brincar com o barquinho que ganhou do seu irmão mais velho, Bill (Jaeden Lieberher). Depois de ver o brinquedo cair em um bueiro, o garotinho dá de cara com um palhaço assustador e maléfico, que o arranca o braço e acaba o sequestrando após prometer dar um balão de presente.

E a tensão não para por aí (que bom!). Ao longo da trama, é possível se deparar com momentos aterrorizantes e o próprio Pennywise (Bill Skarsgård) é um dos grandes responsáveis por isso. Ele não aparece tantas vezes, mas sua presença é sentida em quase todos os momentos do longa. Do início ao fim, não tem como não ter medo da tal criatura.

Na história, Bill está arrasado com o desaparecimento de Georgie e é o único que acredita na possibilidade dele estar vivo. Morando na pequena Derry, o garoto junta os seus amigos Ritchie (Finn Wolfhard), Stanley (Wyatt Olef), Eddie (Jack Dylan Grazer), Ben (Jeremy Ray Taylor), mais o jovem Mike (Chosen Jacobs) e a bela Beverly (Sophia Lillis), para encontrar o seu irmãozinho e acabar com a criatura que o levou.

No meio dessa jornada, eles passarão por grandes obstáculos que podem colocar as próprias vidas em perigo. Vale prestar atenção na trajetória da jovem Bervely e do pequeno Ben. Enquanto a garota precisa lidar com questões sérias com o pai, o rapaz tenta achar um jeito de sobreviver aos bullyings que sofre por seu peso e inteligência.

Na verdade, é bom prestar atenção no filme inteiro. Abordando vários temas delicados ao mesmo tempo (pedofilia e violência na escola são alguns deles), o longa é bem coeso ao retratá-los. E isso é bom, afinal de contas, indica que o ritmo da trama é dinâmico, mesmo tendo aproximadamente 135 minutos.

Para quem gosta de terror, saiba que “IT – A Coisa” é um dos melhores lançamentos do gênero nos últimos anos. Com uma pegada de drama, ele não vai te dar grandes sustos, mas vai te deixar com muito medo, pode acreditar. Vai até te deixar com a pulga atrás da orelha quando um simples palhaço lhe oferecer uma bexiga vermelha.

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias