Crítica – Duna: Parte 2


Chega aos cinemas a continuação de “Duna”, filme lançado em 2021, e baseada na obra literária de 1965, do autor americano Frank Herbert, que se tornou uma referência no mundo da ficção científica mundial.

“Duna: Parte 2” (Dune: Part Two), prossegue a partir dos eventos de seu antecessor. Agora, o Barão Vladimir Harkonnen (Stellan Skargård) é senhor absoluto de Arrakis e da produção da desejada especiaria – item que permite a viagem espacial dentro do império.

Enquanto o jovem Paul Atreides (Timothée Chalamet), ao lado de Chani (Zendaya) busca uma forma de retomar o controle do planeta e ajudar seus novos amigos – o povo Fremen que enfrenta a possibilidade da extinção ao serem caçados pelos Harkonnen.

O filme é mais denso em roteiro e interpretações do que o primeiro, o que permite uma maior imersão na cultura e modo de vida Fremen. Também é visível como o lado psicológico e político de Paul Atreides é explorado com maior profundidade.

As reviravoltas são um ponto alto da trama, pois, até mesmo em momentos em que podemos imaginar um encerramento de um tópico, outra coisa acontece e muda drasticamente o rumo da história.

Zendaya, que interpreta a revolucionária Fremen conhecida como Chani, é um dos maiores destaques. Ssua atuação vai além do convencional, ela possui uma expressividade que convence em tela e somos arrebatados para a luta pela liberdade de seu povo.

Assim como vale salientar a aparição do implacável Feyd-Rautha (Austin Butler, em surpreendente interpretação), sobrinho mais novo do Barão, que não tem qualquer restrição ou escrúpulo, em se tratando da disputa por poder.

O novo trabalho do diretor Dennis Villeneuve (que também é um dos roteiristas, ao lado de Jon Spaihts) é uma obra completa, com guerra, amor, vingança e redenção. Os personagens – bons ou maus – não são caricatos e nem têm meio termo: são pura essência. E isso faz com que consigamos, simultaneamente, nos conectar, seja para amá-los ou odiá-los, na mesma proporção.

Continuações nem sempre conseguem superar seu capítulo anterior, mas “Duna: Parte Dois” faz isso com precisão. E digo mais: é uma evolução magistral da história inicial, trazendo para a tela novos elementos e personagens que irão conquistar o interesse do público.

Não posso contar muitos detalhes das cenas (acredite: é bem mais emocionante fazer determinadas descobertas na hora), mas uma coisa é certa: quem for conferir a produção na tela grande, não irá se arrepender, pois, é um filme majestoso, com um som magnífico que merece ter apreciado da melhor maneira possível, a fim de entregar todo o potencial de sua imersão.

Então, fique em estado de alerta para poder dominar seu verme de areia, chegar à sala de cinema e ter uma das maiores experiências de entretenimento de sua vida.

por Clóvis Furlanetto – Editor

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Warner Bros. Pictures.