Crítica: Creed II
Chega aos cinemas a sequência de um dos filmes que, em minha opinião, homenageia de forma exemplar o legado de Rocky escrito e estrelado pelo ator Sylvester Stallone que conquistou crítica e público desde sua estreia em 1976.
Em Creed II temos a rara oportunidade de reviver um dos momentos mais tensos e dramáticos da franquia de Rocky Balboa, que em sua quarta continuação nos mostrou o embate entre o pugilista italiano e seu novo algoz Ivan Drago. Mas antes de vermos a luta principal, acompanhamos o ex-campeão mundial Apollo Creed contra o gigante russo. E sem ser spoiler, pois o filme é de 1985, Creed é morto no ringue depois de um massacre.
Agora seu filho Adonis Creed terá uma chance de vingar seu pai e lutar contra o filho de seu assassino: o lutador Viktor Drago. Mas não será uma tarefa fácil, pois há uma carga emocional muito forte entre o desejo de subir ao ringue e vencer de verdade, e são esses os maiores desafios do jovem lutador que precisará da ajuda de um Rocky mais velho, cansado e sábio.
Antes de qualquer coisa vai um conselho: assista, se puder, aos filmes Rocky III e IV para poder se situar na história de Creed II e perceber várias nuances entres as produções. Caso não tenha condições não há problemas você irá se divertir da mesma maneira, mas se tiver chance, não custa nada.
Outra coisa: não se deixe levar pelos comentários de algumas pessoas (ditos “entendidos em cinema”) que podem dizer coisas do tipo “mais do mesmo”, “uma produção recheada de clichês” ou “desnecessário esse filme”. Pessoal, a produção é um grande espetáculo para nossa mente e olhos. Tem um roteiro emocionante, drama, ação, reviravoltas e nos faz pensar se podemos seguir em frente ou se jogamos a toalha.
Quando algumas pessoas me perguntam sobre a franquia Rocky ou agora com a nova do Creed (que foi uma grande ideia do Stallone) eu digo sempre que são filmes com história e com boxe ao fundo, pois não temos lutas e mais lutas o tempo todo, há a preparação, os problemas familiares e todo tipo de dúvidas que podem ocupar a cabeça de uma pessoa comum.
E Creed é isso mesmo, uma pessoa comum em busca de seus sonhos e lutando (literalmente) para conquistas seu espaço no mundo. Michael B. Jordan continua impecável no papel principal e Sylvester Stallone sem comentários, ele é o Rocky de sempre.
Dolph Lundgren, ao retomar seu papel de Ivan Drago, conseguiu humanizar a máquina de lutar soviética e sentimos pena dele e seu filho pelas desavenças e problemas que enfrentaram durante a vida, mas nada que impeça de torcermos contra as investidas de Viktor (Florian Munteanu).
Então é hora de tirar o pó de suas luvas e ir ao cinema curtir essa maravilhosa obra do mundo dos esportes.
por Clóvis “Dragon” Furlanetto – Editor