Crítica: Anna – O Perigo tem nome


Para quem gosta de espionagem, há nos dias de hoje, ótimas personagens femininas para se apegar. Dois grandes exemplos são Lorraine Broughton (Charlize Theron), de “Atômica”, e Natasha Romanoff (Scarlet Johansson), a Viúva Negra de “Os Vingadores”. E a Anna (Sasha Luss), de “Anna – O Perigo tem nome” é um bom exemplo?

Infelizmente não. Além da personagem não ter o carisma necessário para encarar uma trama de ação, ela é acompanhada de uma trama que não se sustenta, além de ser cansativa e arrastada.

Nela, Anna é uma jovem que vende matrioskas (aquelas bonequinhas russas) em uma feira, que acaba sendo recrutada para uma agência de modelos devido à sua beleza. Assim, ela embarca para o mundo fashion nos Estados Unidos para ganhar a vida. No entanto, por trás de alguns flashbacks, é possível descobrir que a moça não é somente uma simples vendedora, mas também uma espiã e assassina da KGB que é mandada para vários lugares do mundo para matar qualquer ameaça ao governo da Rússia.

A partir daí, o que vemos é a estrela do longa se envolver em jogos confusos de espionagem, traições, mentiras, além de triângulos amorosos que não acrescentam em nada para a história. Seus casos com o colega Alex Tchenkov (Luke Evans) e a modelo Maud (Lera Abova) não trazem nada de interessante para o enredo, por exemplo.

Falando sobre o excesso de flashback, ele é o que mais atrapalha o roteiro. É verdade que eles destacam algumas reviravoltas na jornada da protagonista, mas também quebram o ritmo da narrativa, o que é ruim pois cansam o espectador e deixam tudo mais previsível. Além disso, a trama carrega cenas de ação que não empolgam e uma protagonista fria, que não consegue criar empatia com o público.

É verdade que “Anna – O Perigo tem nome” possui os principais ingredientes para ser um bom filme de espionagem, só que não consegue transformá-los em algo atrativo e cativante. Uma pena!

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias