Crítica: Águas Rasas


Blake Lively em Águas Rasas

Por mais que os investimentos e as campanhas de marketing sejam grandes, não há como um filme ser bom sem uma boa história. Quem prova isso é “Águas Rasas”, suspense estrelado por Blake Lively (Lanterna Verde), que fala somente sobre uma surfista que tenta fugir de um tubarão.

Mesmo sendo enxuta, a trama consegue envolver o espectador com ótimas sequência de ação e também com o realismo mostrado ao longo dos seus 87 minutos. Destaque para a passagem em que a protagonista Nancy (Lively) tenta conter o sangramento em sua perna após se ferir nas rochas espalhadas pelo mar.

Aliás, Lively é um show a parte. Sozinha em quase toda a trama, a atriz prova que sabe fazer bem o seu trabalho e segura a atenção do público de maneira impecável. Com sua beleza estonteante, seus melhores momentos acontecem nas cenas de ação, em que tenta escapar de um tubarão branco que busca se alimentar.

Além da moça, a fotografia e os efeitos sonoros são outros grandes atrativos, afinal de contas, a bela paisagem e o som inquietante da trilha sonora de Marco Beltrami fazem com que a saga da protagonista fique ainda mais tensa e interessante para o espectador.

Na história, Nancy abandona a faculdade de medicina e vai surfar em uma praia deserta, no México, para tentar superar a perda da mãe. Depois de ser abandonada pela amiga cachaceira, ela decide ir sozinha ao local de difícil acesso e cai no mar para pegar as melhores ondas.

No entanto, a jovem é atacada por um animal feroz e acaba ficando encurralada a poucos metros da praia. Com pouco tempo e sem ninguém para ajudar, a bela loira tem que usar tudo o que aprendeu no seu antigo curso para poder sobreviver a esse ataque feroz.

Claro que há alguns deslizes no filme, como entregar as melhores partes nos trailers e também conter um final previsível e até relativamente forçado. No entanto, nada disso compromete a diversão, pois o longa consegue reservar algumas novidades e o desfecho é coerente com a proposta do filme, que é simplesmente nos aterrorizar.

Resumindo, “Águas Rasas” é um suspense de primeira, mesmo com uma trama simples (homem contra tubarão) e não tendo recursos milionários. Podemos dizer tranquilamente que o longa é aterrorizante, envolvente e tenso o suficiente para que você não saia da cadeira do cinema e fique com medo de entrar no mar novamente.

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias