Foram nove dias de leitura ao extremo na 26ª Bienal do Livro Internacional de São Paulo que reuniu um público estimado em mais de um milhão de pessoas em seus 65 mil metros quadrados de área com 185 expositores, 500 atrações diferentes e 300 autores nacionais e internacionais.
No último dia, o encerramento não poderia ter sido melhor, pois contou com a presença da eterna Rainha dos Baixinhos. Xuxa Meneghel esteve em um bate-papo com seus fãs e lançando um novo livro infantil, “Mimi – A Vaquinha que não queria virar comida”, que trata sobre respeito aos animais e veganismo.

Quem pôde participar desta edição da Bienal teve a chance de não apenas conhecer os lançamentos e comprar livros por preços mais em conta, mas também fotografar e ser fotografado em cenários lúdicos, como no estande da Harper Collins que disponibilizou uma réplica gigante do “Um Anel” de “O Senhor dos Anéis”, onde o público pôde entrar nesta peça icônica para registrar seus melhores momentos, além de um cenário de uma parte do navio do famoso livro da Dama do Mistério Agatha Christie, “Morte no Nilo”.
Ambientes deste tipo com outras temáticas (alguns com a presença de cosplayers) estavam espalhados em outros estandes, mas, infelizmente, algumas editoras decidiram colocar seus cenários na parte interior de seus espaços físicos, sem deixar um aviso mais claro na área externa, o que fez muitas pessoas só saberem de suas existências através de fotos alheias em redes sociais.
Com problemas que deveriam ter sido esperados – como a super lotação em todos os dias, independente de horário (o que provocou a inédita suspensão de vendas de ingressos, sem aviso prévio), o evento também teve muitos acertos, entre eles, o atendimento da equipe responsável por dar orientações e tirar dúvidas dos visitantes e a inclusão dos mais diversos títulos em boas promoções, desde o primeiro dia.
Vale ainda ressaltar a preocupação com a chegada ao evento de quem estivesse utilizando o transporte público, com a disponibilização de ônibus com partidas gratuitas do metrô ao evento e vice-versa. Tal zelo também deveria ter sido priorizado na organização de filas que, desde a entrada do Expo Center Norte, já se mostravam grandes demais e poderiam ter servido de alerta para o que aconteceria durante todo o evento.

Agora só nos resta aguardar a próxima edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, programada para 2024, torcendo por melhorias que tragam ainda mais alegria aos corações literários.
Crédito da foto em destaque: Angela Debellis.
por Clóvis Furlanetto – Editor