Crítica: Pets – A Vida Secreta dos Bichos
Mesmo usando a mesma estrutura que outras animações, como “Procurando Nemo” (desaparecimento do protagonista) e “Toy Story” (chegada de um novo integrante à família), “Pets – A Vida Secreta dos Bichos” infelizmente não consegue cativar tanto quanto poderia. No entanto, é inegável que o longa desperta boas risadas.
Risadas que são causadas na hora em que o foco é a vida privada dos animais. Nesse quesito, vale destacar os cachorros ouvindo heavy metal após o dono deixar o apartamento, a gata gorda que “assalta” a geladeira e também a cadelinha Gigi (Tatá Werneck), que passa o dia inteiro na janela paquerando o vizinho Max (Danton Mello).
Max é um cachorrinho que mora em um apartamento de Nova Iorque e é bastante mimado pela dona. Tudo começa a mudar na rotina do bichinho quando chega em casa um novo cão, chamado Duke (Tiago Abravanel). Com um irmão no pedaço, o protagonista não gosta da ideia de dividir todos os seus privilégios.
A partir daí, a dupla percebe que é necessário colocar as diferenças de lado pois acabam na mira da carrocinha após um simples passeio pelo parque. Enquanto Max e Duke tentam voltar para casa, os animais da vizinhança se reúnem para o resgate.
Neste momento, quem consegue roubar a cena é Bola de Neve (Luís Miranda), o coelhinho vilão, líder de uma gangue de animais que se mete na jornada dos protagonistas. No entanto, mesmo com boas passagens, o carisma do personagem não é suficiente para segurar o ritmo da história.
Tudo porque quando o foco da trama passa a ser o resgate dos protagonistas o ritmo cai, deixando o filme cansativo e vulnerável aos clichês de outras animações. Talvez a pior coisa no longa seja justamente a sensação de já ter visto essa história em outra oportunidade.
De qualquer forma, “Pets – A Vida Secreta dos Bichos” tem momentos divertidos, o que pode agradar ao público, porém, o longa não deve aparecer entre as referências das animações, o que é uma pena.
Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias