Critica – Chef Jack: O Cozinheiro Aventureiro


Animações brasileiras, infelizmente, são raras, se comparadas ao mercado internacional, em especial o norte americano. Por isso, é sempre uma felicidade ver uma produção nacional nos cinemas, ainda mais uma tão fofinha e bem feita quando “Chef Jack – O Cozinheiro Aventureiro”.

Na trama, Jack é um prodígio da Cozinha Aventureira e viaja por todo o mundo em busca dos ingredientes mais raros e apetitosos para suas receitas. Filho de um premiado chef de cozinha, e com grande talento para aventura e culinária, Jack é um cozinheiro famoso e confiante que faz de tudo para continuar sendo considerado o melhor chef aventureiro do mundo.

No entanto, ele vê sua fama desmoronar quando comete um erro ao vivo que é televisionado internacionalmente. Com a intenção de retornar ao topo e reconquistar sua posição como maior chef aventureiro, Jack decide, impetuosamente, participar da grande competição chamada Convergência dos Sabores, uma competição para aqueles que querem ser os maiores cozinheiros aventureiros do mundo.

Para a Convergência dos Sabores, que só pode ser competida em duplas,  Jack ganha o assistente Leonard, filho de sua agente, um adolescente que sonha em ser cozinheiro e que considera o protagonista seu maior ídolo. No entanto, a confiança exagerada, e até mesmo um pouco de arrogância de Jack, se tornam seus piores inimigos, que não o deixam enxergar o talento e a amizade de seu assistente mirim.

A produção então embarca em uma série de aventuras, comidas extraordinárias, e uma jornada de autoconhecimento e amizade. Com uma narrativa voltada para os pequenos, também é uma ótima pedida para  toda a família.

Produzido por Guilherme Fiuza Zenha e pela mineira Immagini Animation Studios, “Chef Jack – O Cozinheiro Aventureiro” tem o grande mérito de entregar uma obra de qualidade com um pequeno orçamento e em um momento muito difícil para o cinema brasileiro.

Com um protagonista interessante, dublado muito bem por Danton Mello, além de coadjuvantes carismáticos, é muito gostoso ver várias referências à vida e à culinária brasileira na animação, como filtros de barro, baião de dois e o nome do chef Jack, que na verdade é Jackson, pronunciando no melhor sotaque baiano.

O filme pode não estar no mesmo nível de títulos da Disney ou da Pixar, mas é, ainda assim, é uma ótima opção para a criançada e com todo o charme que só as obras brasileiras têm.

por Isabella Mendes – especial para CFNotícias

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Sony Pictures.