Crítica: Mais que Amigos
“Mais que Amigos” (Bros) é uma divertida comédia romântica que utiliza muito bem as fórmulas já conhecidas, mas com um diferencial: o título é a primeiro do gênero produzido por um grande estúdio a contar a história de dois homens gays.
Dirigido por Dany Boon, o filme se passa em Nova York e conta a história do famoso podcaster Bobby, que fala sobre causas LGBTQIA+. Apesar de aparentemente estar feliz com a vida de solteiro, ele começa a repensar suas ideias ao conhecer Aaron (Luke Macfarlane), um belo advogado que não gosta de compromisso e parece ter coisas a superar sobre a própria identidade.
Bobby é interpretado pelo ator e comediante Billy Eichner, que também participa da produção executiva do longa, além de escrever o roteiro junto a Dany Boon. O texto é muito bem humorado, cercado de tiradas que todos podem compreender, mas que certamente falam mais alto com a comunidade LGBTQIA+ e simpatizantes. Ainda que com um humor por vezes ácido, o filme não deixa de lado o romance entre os protagonistas.
A relação dos personagens em tela tem um bom desenvolvimento, indo de dois homens que não querem relacionamento sério, cada um por seu motivo – seja por insegurança disfarçada de auto suficiência, seja por questões a serem resolvidas sobre a própria identidade – a dois homens evidentemente apaixonados que torcemos para que fiquem juntos no final.
“Mais que Amigos” também conta com uma ótima parte cômica no núcleo do Museu LGBTQIA+, que está prestes a ser inaugurado e é dirigido por Bobby.
Um dos grandes feitos da obra é não ser apenas uma comédia romântica gay, mas uma ótima comédia romântica em geral, e certamente entrará na lista de comédias românticas a assistir para aqueles que gostam ou querem conhecer mais do gênero. Certamente vale a pena ser assistido por todos.
por Isabella Mendes
*Texto originalmente publicado no site A Toupeira.