Crítica: Ficaremos Bem


Candidato da Noruega para o Oscar de melhor filme estrangeiro de 2021, “Ficaremos Bem” (Hope) chega para compra e locação nas plataformas streamings, como Amazon Prime, Vivo Play, Claro Now, entre outras, a partir desta sexta-feira (1º/10).

A história começa na véspera de natal, quando Anja (Anrea Braen) recebe o diagnóstico de câncer terminal. Acompanhada do companheiro Tomas (Stellan Skarsgard), ela precisa decidir como dizer a toda a família.

Chocados com a notícia e em meio à sensação do luto prematuro, os dois percebem que terão que se unir para poder encarar as dificuldades e recuperar o sentimento vivido quando começaram a se relacionar amorosamente.

O casal protagonista é a melhor coisa do longa que tem direção e roteiro de Maria Sødahl. As atuações de Braen e Skarsgard dão as cartas. Para ter ideia, os dois conseguem transmitir as inseguranças, os medos e as tristezas de cada um de seus personagens. Destaque para as cenas em que eles discutem e tentam superar os problemas do passado, buscando uma harmonia maior para combater a doença.

O ponto fraco se dá por conta do ritmo da produção. Este, sem dúvida, é o maior obstáculo. Praticamente sem trilha sonora, a trama o tempo inteiro caminha com diálogos longos entre os personagens. Por mais que vejamos pra valer o talento dos atores, ao mesmo tempo as cenas são longas e cansativas. A sensação é de um filme bem parado, que não sai do lugar.

Além disso, o final deixa perguntas importantes no ar. Por mais que dê para imaginar o que ocorre depois, faltou ser mais claro para questões relevantes da história.

Uma pena, pois a jornada de Anja, que é baseada em fatos reais e pode trazer alento para milhares de pessoas, merecia algo mais coeso e dinâmico.

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias

*Título assistido via streaming a convite da Synapse Distribution.