Crítica: O Quarto de Jack


Cena marcante de O Quarto de Jack

Emocionante, tocante e profundo em sua análise. Essas são algumas das formas que podemos classificar o filme “O Quarto de Jack”. Dirigido por Lenny Abrahamson (Frank), o longa encanta ao relatar a história de uma mãe (Brie Larson) que mora com o filho (Jacob Tremblay) em um cômodo de apenas 10 metros quadrados.

Por mais que a trama dê a impressão de passar o tempo inteiro num mesmo cenário, isso não acontece. Longe de ser cansativo, o longa ganha novo fôlego em seu segundo ato (quando a dupla principal sai do quarto), deixando a história ainda mais interessante, principalmente por mostrar a difícil adaptação dos protagonistas em explicar ao verdadeiro mundo.

É a partir daí que vemos a grande atuação de Brie Larson, grande favorita a ganhar o Oscar de melhor atriz em 2016. Sim, a cada cena que passa, ela prova que é merecedora da estatueta mais desejada do cinema.

Com bastante intensidade, a californiana consegue emocionar ao passar as inseguranças de uma mulher que ficou anos longe da família e criou uma criança sozinha. Destaque para a cena em que discute feio com a mãe, interpretada por Joan Allen (O Ultimato Bourne).

Se os olhares se voltam para Larson, o pequeno Jacob Tremblay (Jack) também merece elogios, pois traz uma atuação de gente grande ao dominar as cenas com enorme carga emotiva, principalmente as que relatam a fuga do menino do antigo quarto.

O filme começa com a celebração do aniversário de cinco anos de Jack. A cada dia que passa, a vontade do garotinho em conhecer o mundo fora do quarto em que vive cresce ainda mais. Cansada de ficar presa e afim de fazer a vontade do filho, Joy (no início é chamada de Má) bola um plano para sair do lugar onde vive.

Para quem gosta de filmes motivadores, O Quarto de Jack é imprescindível, afinal de contas, aborda com detalhes temas pertinentes, além de ser ensinar como o amor familiar pode vencer as dificuldades e as diferenças que a vida nos proporciona. Prepare o lencinho, pois não tem como não se emocionar com essa história.

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias