Entrevista: Estivemos na Coletiva de Imprensa de “Morto não fala”


Na tarde de hoje (1º), participamos da Coletiva de Imprensa do filme “Morto não fala”. No local estavam presentes o diretor Dennison Ramalho e os atores Daniel de Oliveira e Bianca Comparato. O evento aconteceu logo após a exibição do longa para jornalistas e a equipe falou um pouco sobre a ideia de criação e o desenvolvimento da obra.

Questionados sobre como foi protagonizar um filme de terror, os atores contaram que sempre tentavam deixar o clima descontraído. Bianca mencionou que ama esse tipo de gênero e que achou interessante participar de um longa que não serve apenas para assustar, mas que também contém um visão social.

O trio esbanjou uma sintonia muito grande, tanto que entre uma pergunta e outra, eles recordavam de situações engraçadas vividas nos bastidores. Daniel contou que chegou a fazer uma pegadinha com a equipe durante uma gravação no cemitério e que teve crise de riso em uma das cenas que entrava em luta corporal com Bianca.

Quando as perguntas sobre os detalhes técnicos começaram a surgir, Dennison explicou que suas inspirações para o longa surgiram dos contos do jornalista Marco de Castro, que durante muitos anos publicou histórias – reais e fictícias – de casos macabros que aconteciam na noite de São Paulo. Além disso, também mencionou que seu curta-metragem produzido em 2010 e intitulado como “Ninja”, foi baseado em relatos de Castro sobre a polícia da cidade.

O diretor contou que a princípio, a adaptação de “Morto não fala” era uma ideia para uma série que chegou a ser produzida, mas foi barrada pela cúpula da Rede Globo, por não ter um conteúdo adequado para a tv aberta. O longa possui um final subtendido e ele espera que esse desfecho tenha continuação através dos episódios desenvolvidos, que futuramente podem ser transmitidos pelo Globoplay.

Ao responder a última pergunta sobre o que pensa sobre o futuro dos longas no Brasil, Dennison afirmou que acredita que as plataformas de streaming, a televisão, e até mesmo parcerias internacionais, podem ser a solução para a indústria cinematográfica brasileira, mas frisou que os produtores e roteiristas devem ser ousados, e que apesar de estarmos passando por um momento complicado, é importante insistir em trazer à tona temas que são considerados excluídos.

A crítica completa você confere aqui no site no dia 10 de outubro, data da estreia do filme nos cinemas brasileiros.

Crédito das fotos: Victória Profirio.

por Victória Profirio – especial para CFNotícias