Crítica: Z – A Cidade Perdida


Baseado em fatos reais, “Z: A Cidade Perdida” chega aos cinemas nacionais, nesta quinta-feira (01).Apesar de ter um enredo interessante, com um bom instinto de aventura, o longa tropeça no seu ritmo arrastado e cansativo.

Na história, Percy Fawcett (Charlie Hunnam) é um militar que é escolhido para cartografar e explorar a área que fica na Amazônia, entre a Bolívia e o Brasil. Intrigado com os mistérios do lugar, especialmente com uma mítica civilização perdida que teria prosperado no coração da floresta, ele passa a acreditar na existência de uma cidade misteriosa, até então não descoberta. Por causa disso, ele a batiza de “Z”.

A partir daí, o protagonista convoca uma equipe e parte para várias expedições com o objetivo de descobrir a localização da tal cidade perdida. Ao mesmo tempo, Percy passa a ficar longe de casa, o que compromete o relacionamento com sua família, que sentem a sua falta a cada partida.

Se o ritmo da narrativa é cansativo, pelo menos o elenco é bom e contribui (e muito) para que o espectador tenha interesse até o final da história. O foco pode estar em Charlie Hunnam (Rei Arthur: A Lenda da Espada), mas Sienna Miller (A Lei da Noite) chama atenção como Nina Fawcett, esposa de Percy. É ela o verdadeiro porto seguro do protagonista, afinal de contas, cuida dos filhos e das contas da casa enquanto o marido sai para expedições.

Além dela, Tom Holland (Homem-Aranha: De Volta ao Lar) se destaca como o filho mais velho do casal principal. Sua participação é pequena mas pertinente e extremamente segura. Destaque para as cenas em que ele discute com o pai por causa das longas viagens e ausências em casa nos momentos difíceis.

Pena que as virtudes param por aí. Como citado anteriormente, a trama é bem cansativa, muito porque tudo é muito explicativo. Há diversos nomes técnicos ao longo dos diálogos, ou seja, é preciso estar muito atento para não perder a explicação e depois não ficar confuso. E isso é ruim, pois elementos importantes do filme podem passar batidos.

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias