Crítica: X-Men: Fênix Negra
Chega aos cinemas a conclusão de uma bem-sucedida e importante franquia (creditada por muitos como o pontapé inicial para o estouro dos filmes de heróis nos cinemas) de quase 20 anos que teve seu início com X-Men: O Filme lançado em 2000 e culminará na sequência X-Men: Fênix Negra que promete abalar as estruturas das salas de projeção.
Temos aqui a apresentação de um arco muito importante na história dos mutantes com a ascensão de Jean Grey (Summer Fontana, como criança e Sophie Turner, na fase adulta) de já incríveis poderes telecinéticos e de leitura de mentes comuns para uma versão mais poderosa e perigosa, graças a uma missão de resgate no espaço onde ela é atingida por uma força cósmica que a muda interna e externamente.
É importante ter em mente que esta trama é uma adaptação – não necessariamente literal – dos quadrinhos originais de “A Saga da Fênix Negra” (escritos por Chris Claremont e desenhados por por Dave Cockrum e John Byrne) e que, não chega a ser surpresa o fato de ter várias mudanças menos gritantes – que poderão desagradar os fãs mais puristas – além de outras mais explícitas que interferirão de maneira direta nos filmes anteriores. Porém, como nunca dou spoiler, vocês terão que conferir.
Mas isso não é nenhum demérito, pois X-Men: Fênix Negra é válido como opção de entretenimento e conta com uma narrativa de ação e aventura excelente. Sem extrapolar os comentários sobre roteiro e atuação – mesmo porque é um filme de heróis com poderes mutantes e que têm suas peculiaridades (convincentes ou não) – o que esperamos ver são esses maravilhosos poderes em ação e isso acontece em sequências competentes.
James McAvoy (intérprete de Charles Xavier) está ótimo e mantém a mesma dinâmica que o transformou em um dos atores mais conceituados de nossos tempos (em minha opinião) e com a manutenção do elenco já visto em obras anteriores, temos a sensação de continuidade – embora a linha do tempo da franquia seja, no mínimo, confusa. Também vale destacar a participação de Michael Fassbender, que marcou seu nome como o antagonista Magneto.
Os efeitos especiais, em sua maioria, foram muito bem elaborados e a transformação de Jean em Fênix é tão incrível quanto chocante. Temos uma boa representação final do mundo dos mutantes criado pela Marvel nas telas. E, como já é de praxe tantos nos quadrinhos, quanto nos filmes, há a sempre pertinente (e atual) discussão em torno do medo e ódio de humanos ditos “normais” contra os alunos especiais do professor Xavier.
Prepare seu uniforme e corra / voe / teletransporte-se aos cinemas.
Por Clóvis Furlanetto – X-Editor