Crítica: A Vigilante do Amanhã – Ghost In The Shell
Nesses tempos em que as “girls powers” dominam Hollywood, ter Scarlett Johansson como protagonista é um tiro certeiro. Linda, atlética e poderosa, a atriz já provou que pode encarar na telona qualquer tipo de ameaça. Não é a toa que ela é a Viúva Negra no Universo Cinematográfico da Marvel, por exemplo. Pode vir Ultron, Hanka Robotics, quem quiser.
Em “A Vigilante do Amanhã: Ghost In The Shell”, é Johansson quem carrega a trama. É verdade que os efeitos do longa são um dos pontos fortes, já que proporciona um visual bonito, principalmente nas imagens aéreas da cidade em que história ocorre, mas a grande estrela definitivamente é a protagonista.
E não é só por causa da sua beleza. É também por causa da força e do vigor físico nas cenas de ação. Neste caso, vale destacar a sequência de abertura, em que ela se prepara para uma operação de ataque e acaba saltando do topo de um prédio.
Aliás, a introdução da jornada de Motoko Kusanagi (Johansson), também conhecida como Major, realmente é muito boa. Ágil e com lutas bem coreografadas, o trecho prende a atenção e instiga o espectador, deixando-o curioso com o que vai acontecer. Nele, a moça salta de um prédio, invade um hotel e começa a brigar com uma robô gueixa.
Pena que o ritmo cai bruscamente logo depois disso. O motivo? As questões e as motivações da protagonista não são tão claras, ainda mais para quem não tem profundo conhecimento do mangá japonês. Ao longo do filme são citados nomes e termos que são bastante específicos e isso deixa a trama cansativa e confusa para quem não leu a obra original.
Na história, a tecnologia está em todos os lugares, afinal de contas, cérebros se fundem facilmente a computadores. Nesse mundo futurista, Motoko é criada pela Hanka Robotics para ser uma policial cibernética e liderar um esquadrão de elite para levar justiça às ruas de uma megacidade japonesa. No entanto, após certos acontecimentos, a moça começa a ir atrás de informações sobre seu passado.
Mesmo com seu ritmo irregular, “A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell” é um bom passatempo e Scarlett Johansson é a grande culpada disso. Carismática e boa naquilo que faz, a atriz mostra que está em plena forma e garante a diversão para quem quer um bom entretenimento.
Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias