Crítica: Velozes e Furiosos 8
Ação desenfreada e abertura de novos caminhos! É isso o que o espectador vai encontrar em “Velozes e Furiosos 8”. E que bom! Sinal que a franquia não está mais em xeque, ou seja, sabe viver sem Paul Walker (morto em 2013) e se reciclar de forma ágil, sem precisar do Turbo Nos (produto que os personagens usam para acelerar mais os carros).
Cercado de muita expectativa, o oitavo longa da série não supera “Velozes e Furiosos 7” e isso ocorre porque ele não é tão impactante como o antecessor. Dessa vez não tem carro saltando de paraquedas e nem pulando de um prédio para outro, por exemplo. Agora, isso não quer dizer que o trabalho do diretor F. Gary Gray (Straight Outta Compton) não seja ousado. Ele é!
O filme traz carros capotando, explodindo, sendo hackeados, além de muita porrada e perseguições eletrizantes. Destaque para o racha inicial, realizado nas ruas de Havana, em que Dominic Toretto (Vin Diesel) tenta ganhar o veículo de um nativo para salvar a pele do primo. A parte final da trama também merece elogios, afinal de contas, vemos manobras radicais em pleno gelo (quem diria, “007 – Um Novo Dia Para Morrer” fez escola!).
Se não bastasse tudo isso, Charlize Theron (Mad Max: Estrada da Fúria) entrega a melhor vilã da franquia. E não é só porque ela tem um rosto belíssimo (é difícil essa mulher ficar feia). É porque sua personagem, Cipher, é extremamente calculista e imponente, ou seja, não tem medo e nem mede esforços para encarar Toretto e companhia. Aliás, o protagonista é o ponto chave da trama.
Vivendo tranquilamente ao lado de Letty (Michelle Rodriguez) em Cuba, ele é abordado pela loira misteriosa que o ameaça e o obriga a trabalhar com ela. Totalmente incomodado com a situação, o famoso corredor se torna assistente da moça e acaba traindo a sua família.
Sem entender o que está acontecendo, Hobbs (Dwayne Johnson), Tej (Ludacris), Roman (Tyresse Gibons), Ramsey (Nathalie Emmanuel), Sr. Ninguém (Kurt Russell) e o novato Eric (Scott Eastwood) vão fazer de tudo para saber mais sobre o tal plano de Cipher e tentar salvar o amigo.
Com grandes explosões e corridas urbanas, é inegável que “Velozes e Furiosos” se tornou ao longo dos anos um produto atrativo e lucrativo para o público. E o maior trunfo do novo filme é reforçar isso. Como? Mostrando que a franquia ainda está com o tanque bem cheio para explorar novos horizontes. Que venham as novas corridas! Agora chega de conversa e engate logo a marcha, porque foi dada a largada para mais diversão!
Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias