Crítica: Um Samurai em São Paulo
Documentários são janelas para histórias que normalmente não vemos nas telas dos cinemas e nos apresentam versões e narrativas que mexem com nossas emoções e sentimentos.
E este é o caso do documentário “Um Samurai em São Paulo” que chega aos cinemas trazendo culturas e significados que poderão variar de espectador para espectador.
Temos a história do mestre de caratê Taketo Okuda que pertenceu a um clã japonês, cujo objetivo era, e ainda é, difundir os conceitos de não violência e autodefesa desta arte marcial das mãos vazias.
O documentário é uma mescla de cenas coloridas com outras em preto e branco, através das quais podemos acompanhar imagens da Segunda Guerra Mundial, quando o Japão se rendeu aos americanos, após os ataques atômicos.
A visão que temos da obra é de uma das alunas do mestre Okuda, Débora Mamber Czeresnia (diretora da produção), que é neta de judeus que fugiram do regime nazista e conseguiram se estabelecer longe dos horrores da guerra.
Sendo assim, há o choque de duas culturas que enfrentaram seus próprios demônios para sobrevivem em meio Às atrocidades que foram cometidas em nome do poder político e da intolerância racial.
O pano de fundo é o caratê e sua filosofia de não agressão. Temos a oportunidade de ver e ouvir os ensinamentos do mestre Okuda na grande tela, o que é uma honra para as pessoas que gostam e admiram o caminho pacífico desta arte marcial.
Não deixe esta oportunidade escapar e você ficar de mãos vazias, pois é um filme que fará você sentir um turbilhão de emoções.
por Clóvis Furlanetto – Editor
*Título assistido em Cabine de Imprensa Virtual promovida pela Elo Studios.
*Crédito da foto em destaque: Leonardo Crescenti.