Crítica: Shazam! Fúria dos Deuses


Os cinemas brasileiros recebem em suas salas um filme eletrizante com a chegada de “Shazam! Fúria dos Deuses” (Shazam! Fury of the Gods) em grande estilo, com muita ação e aventura, no melhor estilo das histórias em quadrinhos.

Na sequência de “Shazam” (2019), esta nova produção parte da história anterior quando Billy Batson (Asher Angel) divide seus poderes de Shazam (Zachary Levi) com seus irmãos e irmãs adotivos e cria a família mais poderosa do planeta.

Mas nem tudo é um mar de rosas, pois agora eles terão que enfrentar a fúria de três deusas, filhas do Deus Atlas, e mais do que poderosas. As irmãs Héspera (Helen Mirren), Calipso (Lucy Liu) e Anthea (Rachel Zegler) fogem de sua prisão mágica, vem para nosso mundo atrás de vingança e poder e não deixarão a família Shazam em paz.

A direção continua com o veterano David F. Sandberg, e isso é muito bom, pois, desta maneira, o ritmo da trama pôde ser mantido de um capítulo para o outro. O roteiro conta com o retorno de Henry Gayden, que agora escreve a narrativa junto a Chris Morgan.

A produção é baseada em personagens de histórias em quadrinhos (da DC Comics) e, por este motivo, vale lembrar que o espectador não deve esperar por atuações dignas de um Oscar. Isso não quer dizer que são ruins, pelo contrário, são eficientes dentro do tema proposto, já que não é uma obra que busca a validação de uma “elite cinematográfica”.

É importante ter em mente que “Shazam! Fúria dos Deuses” é um título de ação e aventura, por este motivo devemos, acima de tudo, buscar a diversão e entretenimento – e isso, muitas vezes, é mais do que suficiente. E se tiver o acréscimo de criaturas da mitologia grega e unicórnios, melhor ainda.

Mas, ainda falando de atuações, eu tenho que dizer que Lucy Liu e Helen Mirren roubam todas as cenas em que aparecem, entregando um bom trabalho, tanto em personificação das vilãs, como em postura corporal e facial que nos fazem crer que elas são deusas gregas reais (e são mesmo).

Minha opinião é que o longa tem todos os elementos necessários para conquistar o público através de sua estrutura visual, roteiro, figurino, atuação e emoção. É sempre bom acompanhar histórias de super-heróis e heroínas que nos fazem acreditar que podemos ser mais do que somos em nosso cotidiano.

“Shazam! Fúria dos Deuses” merece todo o destaque, pois resgata os bons e velhos tempos em que as produções de histórias em quadrinhos se preocupavam em buscar profissionais que pudessem representar realmente os personagens em sua essência, e não apenas quem têm um grande número de seguidores em redes sociais digitais.

Época (nem tão distante assim) em que o talento era o principal motivador das escolhas de elenco e quando diretores, como David F. Sandberg, respeitavam o público e faziam filmes para os fãs e não apenas para si próprios.

Por fim, duas dicas: preste atenção nas ótimas participações especiais e não saia antes dos créditos finais, para poder acompanhar as duas cenas adicionais que abrem espaço para muita coisa interessante que pode ser feita quanto ao futuro do personagem nas telonas.

por Clóvis Furlanetto – Editor

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Warner Bros. Pictures.