Crítica: Sete Minutos Depois da Meia-Noite
Se o objetivo de um filme também é passar emoção, “Sete Minutos Depois da Meia-Noite” cumpre essa missão excelentemente. Isso porque ele é profundo e poderoso ao transmitir o drama do menino Connor (Lewis MacDougall). Não tem como não sair do cinema sensibilizado e emocionado com a adaptação cinematográfica do livro de Patrick Hess.
Na trama, o garotinho de 13 anos precisa lidar com vários problemas, já que seu pai (Toby Kebbell) mora nos Estados Unidos e é bastante ausente, e sua mãe (Felicity Jones) está com um câncer em fase terminal. Além disso, ele é maltratado na escola pelos colegas e precisa morar com a megera da avó (Sigourney Weaver).
Se não bastasse, Connor tem o mesmo sonho todas as noites, com uma criatura em forma de árvore (Liam Neeson) que decide contar histórias para ele, em troca de escutar o que o menino tem a dizer. Embora as conversas com o tal monstro tenham consequências negativas na vida real, elas ajudam o protagonista a fugir das dificuldades através do mundo da fantasia.
Ao longo do filme, a história vai engrenando e é aí que temos o maior trunfo dessa adaptação: o ótimo desempenho do elenco. MacDougall é comovente ao mostrar as nuances de um menino que está perdido e, ao mesmo tempo, assustado com a possibilidade de perder a mãe.
Felicity Jones (Rogue One: Uma História Star Wars) e Liam Neeson (Busca Implacável) também se destacam. Enquanto a moça traz uma atuação profunda, principalmente nas cenas que mostram o tratamento da doença, o ator também é certeiro ao emprestar uma voz imponente ao monstro. Isso é perceptível na hora em que ele conta suas histórias para o protagonista.
É bom deixar claro que “Sete Minutos Depois da Meia-Noite” se trata de uma jornada dura e difícil para o seus personagens, então é bom preparar o lencinho de papel. No entanto, a satisfação em ver um filme como esse é imensa, já que traz um elenco talentoso e fala de assuntos delicados de forma corajosa e precisa.
Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias