Crítica: Selma
Selma – Uma luta pela igualdade é um filme que narra um dos episódios da vida de Martin Luther King, o longa mostra a histórica caminhada de Selma até Montgomery que ocorreu em prol do direito dos negros ao voto.
A trama se inicia mostrando um pouco quem é Martin Luther King, e a importância dele no cenário político, em outro plano, logo no começo, o longa apresenta a cena de uma senhora negra que tenta conseguir o direito de votar, mas ao invés disso é tratada de forma lamentável por um funcionário público. O roteiro já da a entender que o homem que ele havia mostrado antes ganhando o prêmio Nobel, irá fazer alguma coisa para mudar aquela situação.
Nos primeiros minutos o longa se da ao trabalho de apresentar os personagens e a história, de mostrar como eram as coisas e situar o espectador no contexto dos fatos, esse momento necessário para um bom entendimento do filme merece a paciência do público que pode ficar um pouco cansado com os diálogos rápidos e cheios de informações, mas o importante é que quem estiver assistindo a trama saiba que essa é apenas a parte de introdução do longa e que o melhor ainda vai chegar.
A maneira como a diretora, Ava DuVernay, optou por abordar a história também é muito interessante, apesar de ser a história de Luther King o filme mostra que o foco é contar a luta pelos direitos dos negros e não apenas para fazer de Martin um herói, o longa mostra o personagem de uma forma bem política, inteligente, justo e sério, mas porém político e até mesmo errante.
Um outro aspecto bacana foi a escolha de contar a caminhada de Selma a Montgomery, porque quando alguém opta por falar de Martin Luther King há inúmeras possibilidades de narrativas, e escolher esse episódio foi muito bem pensado, pois é algo não tão conhecido e que oferece ao público um, talvez, novo dado histórico, além de ser uma parte muito emocionante e boa de trabalhar em um filme.
Vale a pena conferir Selma por muitos motivos, seja por vontade de conhecer um pouco mais sobre a luta negra ou porque o filme é emocionante, quem for ao cinema conferir o longa provavelmente irá sair satisfeito.
por Tatiane Teixeira – Especial para CFNotícias