Crítica: RoboCop
Para nós, brasileiros, a expectativa para a chegada do novo RoboCop é grande. Pela curiosidade de como o policial do futuro será apresentado no mundo atual e também para descobrir como o diretor José Padilha (Tropa de Elite 1 e 2) vai se sair no cenário de Hollywood.
Depois de um excelente trabalho contando a trajetória do Capitão do Nascimento, o diretor brasileiro teve a missão de trazer de volta para as telonas RoboCop, franquia da década de 1980 que contava a história do policial Alex Murphy (agora interpretado por Joel Kinnaman) que é transformado em um robô após sofrer um atentado.
Para ajudar nessa empreitada, o cineasta contou com elenco de peso, composto por Gary Oldman (Batman – O Cavaleiro das Trevas), Samuel L. Jackson (Os Vingadores), Michael Keaton (Os Fantasmas se Divertem), entre outros.
E o que se vê é que Padilha consegue ir mais fundo no lado humano de Murphy, dando mais sentido para a trama. Vemos um tira que ama sua esposa Clara (Abbie Cornish) e seu filho David, mas que acaba com o corpo todo danificado após uma explosão em seu carro.
Para sobreviver e, com autorização de sua família, ele é transformado pelo Dr. Dennett Norton (Oldman) em um robô de guerra avançado, desenvolvido pela companhia OmniCorp, liderada pelo magnata Raymond Sellars (Keaton).
Ainda sem entender direito o que aconteceu, Murphy, além de salvar a cidade e conviver de maneira diferente com a esposa e o filho, vai precisar lidar com grandes jogos de interesses ligados ao crime.
O fato é que o novo Robocop não deve ser encarado como remake. Afinal, não é uma cópia do original de 1987. Existem grandes diferenças entre as duas versões.
Padilha faz uma releitura da história e dá mais coerência à trama, aproveitando da melhor maneira possível, o avanço tecnológico do momento em que vivemos. O longa estreia no Brasil nessa sexta, dia 21 de fevereiro.
por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias