Crítica: Robô Selvagem


Os cinemas brasileiros serão invadidos por uma animação que vai oferecer ação e muita aventura. “Robô Selvagem” (The Wild Robot) é a grande novidade da semana e atrairá a atenção do público com uma história emocionante.

A nova produção da DreamWorks é baseada na obra literária de mesmo nome do autor Peter Brown e nos apresenta a robô doméstico ROZZUM com número de unidade 7134, ou se preferir apenas Roz (voz de Lupita Nyong’o na versão original e Elina de Souza na versão brasileira), que após um acidente com a nave de carga da empresa Universal Dynamics cai em uma ilha sem seres humanos e habitada por uma grande diversidade de animais.

Agora, Roz está presa em um local sem propósito e não sabe como voltar para casa, uma vez que seu rastreador quebrou e não entende a linguagem dos animais. Então, decide aprender como se comunicar com a fauna local e descobre que todos têm medo de sua aparência e jeito de ser.

Um fato inesperado ocorre após sua chegada, implicando na descoberta de um único ovo de ganso que precisa de cuidados para chocar. É quando ela decide que cuidar deste pequeno ser que ainda não chegou ao mundo será sua nova missão.

A trama continua com muita confusão e situações inusitadas onde o público terá a oportunidade de conhecer novos personagens como Cauda Rosa (Catherine O’Hara / Rosa Maria Baroli), uma mãe gambá que foi uma das primeiras criaturas a se aproximar de Roz; e a raposa Astuto (Pedro Pascal / Rodrigo Lombardi), que ajuda a criar o filhote de ganso, agora batizado de Bico Vivo (Boone Storm / Vicente Alvite, na versão filhote; Kit Connor / Gabriel Leone, na versão adulto).

Escrito e dirigido por Chris Sanders, “Robô Selvagem” não é apenas uma animação que apresenta uma aventura para as crianças, mas uma história emocionante que levará os adultos às lágrimas com reviravoltas, dificuldades e um amor profundo entre Roz e seu pequenino protegido.

O longa nos alerta para a necessidade do trabalho em equipe e da preocupação com o próximo, pois, ao superar as diferenças entre Roz e os animais da floresta resta apenas à amizade e o dever de melhorar nossas atitudes e ações para com a natureza.

O roteiro demonstra coesão em sua narrativa através da simplicidade e apresenta a mensagem de forma direta e objetiva, sem se perder em clichês ou frases de efeito, o que permite uma imersão mais profunda por parte do público na sua proposta.

O próprio desenvolvimento da animação e seus personagens possibilita uma textura mais real com cores mais vivas, onde a iluminação está presente em pontos específicos para destacar as emoções das interações entre Roz e as diversas espécies que habitam a ilha.

Quem busca uma opção para toda a família vai encontrá-la em “Robô Selvagem”. Pode ir sem medo ao cinema para uma diversão garantida e cheia de sentimentos.

por Clóvis Furlanetto – Editor

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Universal Pictures.