Crítica: Paixão Obsessiva


O filme “Paixão Obsessiva”, estrelado por Rosario Dawson (série Demolidor) e Katherine Heigl (A Verdade Nua e Crua), tenta ser um suspense tenso e assustador, mas infelizmente não consegue. Não consegue pois cai nos clichês do gênero, sem contar que não traz nada de novo e tem um enredo altamente previsível e padrão.

O início é até interessante. Na primeira cena, vemos a personagem Julia Banks (Dawson) numa delegacia, toda machucada, tentando explicar o que aconteceu com ela. Isso acaba chamando a atenção, pois várias questões acabam surgindo na cabeça do espectador, ou seja, a curiosidade é despertada neste momento.

Em seguida, começa um flashback que promete responder todas as essas perguntas que apareceram no começo. A partir daí, vemos a trajetória da protagonista, uma moça que termina com o namorado após brigas violentas e se muda de cidade para começar uma vida nova com o atual noivo, um sujeito divorciado e que tem uma filha.

Tudo parece normal, mas Julia começa a se sentir estranha após conhecer Tessa (Heigl), a ex-esposa do seu parceiro. Tudo porque a moça possui manias estranhas e claramente passa a sensação de ainda não ter superado o divórcio.

E é aí que as coisas começam a desandar. E não é por causa da rivalidade insana entre as protagonistas. É porque nos deparamos com um roteiro fraco, com diálogos que não são compatíveis com o tom do filme, como “todo mundo tem uma ex bizarra e eu talvez seja a ex bizarra de alguém”.

O fato é que isso é ruim, afinal de contas, o espectador deixa de levar a sério situações importantes do longa, como os embates entre Julia e Tessa. Uma pena, pois “Paixão Obsessiva” tinha potencial para ser mais sombrio e angustiante.

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias