Crítica: Os Invisíveis
Chega aos cinemas o longa “Os Invisíveis” (Die Unsichtbaren), um filme alemão do diretor Claus Räfle, que conta a história de quatro judeus que sobreviveram às atrocidades nazistas no período da Segunda Guerra Mundial, “apenas” se camuflando entre os cidadãos alemães.
Com um roteiro extremamente interessante que narra uma história pouco conhecida a respeito do Nazismo, o filme traz ao espectador uma envolvente trama realista recheada de momentos de grande emoção junto com um suspense saudável e sem exageros. Também há uma visível preocupação em passar bastante veracidade e procura conectar emocionalmente o público aos personagens.
Personagens esses totalmente reais, que aparecem dando depoimentos no decorrer da produção e trazem um tom de documentário em alguns momentos, mas sem perder o dinamismo da narração. Os quatro protagonistas são bem construídos, apresentados de modo claro e eficaz, com toda a delicadeza que é necessária para contar a história de cada uma dessas vidas.
Com muita elegância em seus 110 minutos de duração, o longa prende a atenção do começo ao fim. Também vale dizer que o diretor teve bastante astúcia e leveza para, em certos momentos conseguir – apesar do tema tão pesado – criar situações que podem levar alguns espectadores aos risos.
Uma obra carregada de informações e muitos anos de pesquisa, fácil de assistir, de compreender, escolha perfeita de narrativa, juntando cenas fictícias com depoimentos reais. Conta com a escolha correta de personagens, condução ideal para emocionar o público, mas sem tirar o foco da realidade e do que foi proposto a ser passado, valorizando o cunho informativo. A fotografia é linda e a trilha sonora que combina muito bem com as cenas.
“Os Invisíveis” deve ser considerado como opção por aqueles que gostam de cinema e que possuem interesse pelo tema. Sem dúvidas vale muito a pena assistir.
por Tatiane Teixeira – especial para CFNotícias