Crítica: Oferenda ao Demônio


Chega aos cinemas um filme de terror que promete levar muita adrenalina e sustos aos espectadores deste gênero cinematográfico tão cultuado em todo o mundo. “Oferenda ao Demônio” (The Offering) estreia em diversas salas de projeção do país.

Quando o assunto são títulos de terror, há certa dualidade nas opiniões, pois temos obras que são marcos e outras que criaram vários subgêneros – entre eles, o Gore, que conta com um exagero em sangue e estereótipos desnecessários – mas, na produção dirigida por Oliver Park, temos um enredo coeso, simples e intrigante.

A trama ocorre na casa funerária de Saul (Allan Corduner) que recebe a inesperada visita de seu filho há muito tempo afastado, Arthur (Nick Blood) e sua esposa grávida Claire (Emily Wiseman). O que parecia ser um simples reencontro familiar esconde um segredo e uma ameaça sobrenatural que espreita a todos com um insaciável desejo por aterrorizar suas vidas.

Um ponto interessante é a fuga do clichê no qual um padre é quem enfrenta uma entidade demoníaca. Dessa vez, temos uma família tradicional judaica, com suas raízes e sua fé, enfrentando Abyzou, um lendária demônio feminino conhecido por capturar crianças.

Outro aspecto que merece destaque é que toda a narrativa escrita por Hank Hoffman se passa na casa funerária, que é também o lar de Saul, então não é preciso percorrer vários cenários para compreender a história, os elementos aterrorizantes estão concentrados em um só lugar.

Por se tratar de um longa de terror com atores e atrizes desconhecidos do grande público, não precisamos nos preocupar em analisar se um grande astro ou estrela estão atuando de acordo com o que esperamos, e isso é um alívio. Podemos nos deixar levar pela dramaticidade envolvida em cada cena, aproveitando o que vemos em tela.

A história cresce à medida que descobrimos mais situações envolvendo o sobrenatural, o que faz nossos sentidos serem facilmente capturados e nossa curiosidade nos leve a tentar descobrir o que vem a seguir.

Uma dica: espere o inesperado, duvide do que é real (ou não), pois o final é surpreendente demais.

por Clóvis Furlanetto – Editor

*Título assistido em Cabine de Imprensa Virtual promovida pela Paris Filmes.