Crítica: O Porteiro


Inspirado na peça teatral de mesmo nome, há seis anos em cartaz com grande sucesso de público,  “O Porteiro” é uma comédia brasileira escrita e dirigida por Paulo Fontenelle, e estrelada por Alexandre Lino que dá vida ao porteiro do título.

Na trama, Waldisney precisa se desdobrar para conseguir ajudar os moradores do condomínio em que trabalha, onde sobram confusões entre os corredores. Ao lado da zeladora Rosivalda, interpretada por Cacau Protásio, ele faz o possível para atender todos os moradores, em um caso mais engraçado que o outro.

Quando o condomínio é assaltado, Waldisney precisa provar para o Delegado (Maurício Manfrini) que ele pode até ser meio atrapalhado, mas que não tem nada a ver com o roubo, mesmo que haja várias evidências contra ele, inclusive uma denúncia feita por Astolfo (Bruno Ferrari), o novo síndico.

Devido à sua origem, “O Porteiro” carrega muito do ar teatral, o que acaba acarretando um ritmo um pouco diferente de outras comédias brasileiras, mas isso não o impede de ser muito divertido e engraçado.

Waldisney representa muito bem o imigrante nordestino que foi buscar trabalho no Sudeste e o personagem é um amálgama de vários porteiros, não só do Rio de Janeiro, mas de todo o Brasil. Isso ganha qualidade através da interpretação de Alexandre Lino, que tem um grande carisma como ator. Por vezes, só suas expressões faciais já são suficientes para fazer a plateia rir.

Uma ótima opção para assistir com toda a família, oportunidade de prestigiar o cinema nacional e também valorizar uma figura tão importante, mas muitas vezes ignorada, que é o porteiro.

por Isabella Mendes – especial para CFNotícias

*Titulo assistido em Pré-Estreia promovida pela Imagem Filmes.

**Crédito das fotos: Laura Campanella.